Ana Maria Rosa Martins Gomes foi Jurista, eurodeputada, diplomata e comentadora política, militante do Partido Socialista e, aos 66 anos, a ex-eurodeputada socialista, posiciona-se na corrida ao mais alto cargo político.
Licenciou-se em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde integrou os Comités de Luta Anticolonial. Ingressou na carreira diplomática em 1980 e como diplomata serviu nas missões junto da ONU e foi embaixadora em Jacarta, onde acompanhou o processo de independência de Timor-Leste. Em 2003 entra na política partidária como dirigente nacional do PS e foi eurodeputada durante 15 anos.
No dia 8 de setembro de 2020, anunciou a sua candidatura às eleições presidenciais, que irão ocorrer no dia 24 de janeiro de 2021. Ana Gomes recebeu o apoio do antigo líder parlamentar e ex-eurodeputado socialista Francisco Assis, de Ricardo Sá Fernandes, dirigente do partido Livre, de Nuno Garoupa, professor universitário e do líder da tendência minoritária dentro da Comissão Política do PS, Daniel Adrião. No entanto, o presidente dos socialistas Carlos César manifestou-se como voz oponente à candidatura, revelando que “só numa situação limite votaria” nela. A candidata afirma que se encontra “sempre disponível para a convergências” à Esquerda.
A declaração inicial de Ana Gomes esclareceu que a sua motivação é alcançar a transparência democrática e defendeu que os portugueses “têm de voltar a acreditar que a democracia vale a pena”. Para Ana Gomes “uma parte do sistema deixou-se corroer por interesses instalados” que não servem, nem representam os portugueses.
Segundo a sondagem da Aximage feita para o “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias“ e “TSF”, Ana Gomes tem o apoio de um quarto dos eleitores socialistas. Marcelo Rebelo de Sousa volta a conquistar mais de dois terços dos eleitores, 61,4%. Os portugueses admitiram votar no candidato apoiado por PSD e CDS. De acordo com esta sondagem, o atual Presidente da República consegue uma vantagem de 46 pontos em relação a Ana Gomes, que surge com 15,4% das intenções de voto.
Ana Rita Cunha