Rui Santos acusa “partido dos cobardolas” pela carta anónima

Rui Santos acusa “partido dos cobardolas” pela carta anónima

Na passada quinta-feira, dia 25 de janeiro, Rui Santos, presidente da Câmara Municipal de Vila Real, informou que vai apresentar queixa no Ministério Público devido a uma carta difamatória contra elementos da autarquia.

“Tudo o que leram nesse documento é falso, desde as acusações aos supostos autores, o partido dos cobardolas conseguiu, no entanto, um dos seus objetivos, obrigou a que hoje eu esteja a reagir perante vós. Mas obrigou também a que, hoje mesmo, seja entregue uma queixa ao MP no qual acusaremos incertos, mas apresentaremos as nossas suspeitas sobre a autoria desta vergonha”, afirmou Rui Santos em conferência de imprensa.

Entre terça e quarta-feira, dias em que foram aprovadas as listas do PS às legislativas e de aniversário de Rui Santos, foi espalhada através das redes sociais, e-mail e até em papel, uma carta anónima de sete páginas com acusações contra o presidente da câmara municipal, vereadores, empresários e dirigentes do PS.

A carta terá sido enviada à Procuradoria-Geral da República e nela são relatados esquemas de corrupção e de tráfico de influências relacionados com negócios imobiliários. A disseminação da carta está, segundo o presidente, relacionada com os breves atos eleitorais de março deste ano, e também as europeias e autárquicas de 2025.

“Não é segredo que fui convidado para encabeçar a lista do PS [às legislativas] e que havia muita gente convencida de que eu, de facto, encabeçaria a lista no distrito de Vila Real”. No entanto, confirmou que sempre disse “que não trocaria o lugar de presidente de câmara por nenhum outro e que estar como presidente de câmara de Vila Real foi, é e será a minha prioridade e a maior honra da minha vida”.

E continuou: “Infelizmente, no entanto, o partido dos cobardolas apostou no contrário, acreditando que eu seria anunciado como candidato do PS, escolheram a data da aprovação das listas do PS para difundirem massivamente um verdadeiro folhetim que procura atingir uma série de cidadãos e as suas famílias apenas porque cometeram o crime de serem próximas de mim, do PS ou da câmara”.

“Não quero nem vou reagir às acusações que me são feitas em concreto, nenhuma. Repito, nenhuma delas é verdade. A possibilidade de me referir a elas seria dar-lhes algum crédito que não têm”, sublinhou.

No entanto, a ser verdade que a carta foi enviada para a Procuradoria-Geral da República, Rui Santos diz esperar que o MP investigue com rapidez e precisão, e que, como em todas as outras situações, “arquive este produto de ódio e de loucura”.

Texto: Ana Margarida Silva

Imagem: DR