Pedro Nuno Santos é o novo secretário-geral do PS com 62% dos votos

Pedro Nuno Santos é o novo secretário-geral do PS com 62% dos votos

Realizaram-se nos passados dias 15 e 16 de dezembro, as eleições internas, na busca do novo secretário-geral do PS.

Acorreram às urnas cerca de 40 mil militantes do PS, num universo de 60 mil eleitores, durante os dois dias de votação das eleições internas do PS que acabaram por resultar na vitória de Pedro Nuno Santos.


Sucedendo a António Costa, Pedro Nuno Santos, conseguiu 62% dos votos, contra os 36% obtidos pelo atual ministro da administração interna, José Luís Carneiro.


Em termos absolutos, José Luís Carneiro conseguiu 14.868 votos e Pedro Nuno Santos 24.080, tendo o último ficado à frente nas federações do Porto, Braga, Algarve e Santarém. José Luís Carneiro ficou em primeiro lugar nas federações de Vila Real e do Oeste.


Apesar da derrota, o ainda ministro da Administração Interna do governo de António Costa afirmou “estar disponível para o PS, para os seus valores, para os seus princípios e com esses valores e princípios contribuir para servir Portugal”.

Para o congresso do partido que se realiza em janeiro, o antigo ministro das Infraestruturas conseguiu eleger 909 delegados e José Luís Carneiro 407.


Por sua vez, o terceiro candidato à liderança do PS Daniel Adrião, membro da Comissão Política do partido e candidato pela quarta vez consecutiva ao cargo, considera que a sua candidatura ficou aquém do que esperava e que não teve um bom resultado. Acrescentou ainda que “desde logo quando lancei a minha candidatura disse que o meu grande objetivo não era conquistar o maior número de votos, era precisamente congregar o maior número de votantes em nome de um projeto transformacional para o país”.


O novo líder do PS tem dois meses e meio para unir um partido, construir uma proposta para o futuro e gerir um legado que quer proteger ao mesmo tempo que quer mudar. Pedro Nuno Santos admitiu uma “mudança no partido”, mas assegura que haverá “uma continuidade e não uma rutura”.

Reconheceu ainda que não é o líder “que a direita queria”, mas reiterou que ele e António Costa são colegas e que o antigo líder do seu partido “pode ser útil de várias maneiras”.

Texto: Carolina Lopes

Imagem: DR