As candidaturas à liderança do PS estão lançadas e as campanhas na estrada

As candidaturas à liderança do PS estão lançadas e as campanhas na estrada

No seguimento da demissão do Primeiro-Ministro António Costa, devido às buscas judiciais por suspeitas sobre os negócios do lítio e do hidrogénio, existem neste momento três candidatos ao cargo de secretário-geral do Partido Socialista.


As candidaturas são do ex-secretário-geral adjunto e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que afirma que a intenção é “garantir segurança, estabilidade e o investimento na melhoria e aprofundamento das políticas que criam mais e melhores oportunidades e que afirmam Portugal como um país que consegue crescer economicamente, mas mantém sempre um enorme esforço de justiça social”, apresentando-se como o candidato da continuidade do Governo de António Costa.


A outra candidatura surge do deputado socialista e ex-ministro Pedro Nuno Santos, que dá prioridade aos salários e mais contenção no excedente orçamental. E, por fim, a mais recente candidatura é a de Daniel Adrião que se recandidata à liderança dos socialistas, depois de já o ter feito em 2016, 2018 e 2021, sempre contra o atual Secretário-Geral, António Costa.


“Não queria candidatar-me desta vez a secretário-geral do PS e esperei até hoje que surgisse uma candidatura que representasse um virar de página no partido, mas isso não aconteceu e só apareceram dois candidatos de continuidade para um ciclo político novo”, declarou Daniel Adrião, crítico de longa data de António Costa no dia 18 de novembro.

Relativamente aos concorrentes na liderança pelo partido, vê-los como “herdeiros do costismo” sem qualquer “ambição reformista”. “É preciso que o futuro do PS se construa com novos protagonistas”, defende.


Os militantes do PS vão eleger um novo secretário-geral em eleições diretas nos próximos dias 15 e 16 de dezembro, seguidas do Congresso Socialista a 6 e 7 de janeiro.

Texto: Carolina Lopes

Imagem: DR