Os 5 maiores bancos de Portugal lucraram 919,3 milhões de euros, um aumento de cerca de 54%, apenas no primeiro trimestre. Este ano, os lucros dos bancos estão a ser beneficiados pelas taxas de juro nos empréstimos e uma lenta subida das taxas de juro nos depósitos.
Nesta segunda-feira, o BCP, que foi o último dos grandes bancos a apresentar resultados, mostrou lucros de 215 milhões de euros, mais 90% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
A Caixa Geral De Depósitos, neste primeiro trimestre, apresentou lucros de 285 milhões de euros, quase o dobro face ao ano de 2022 (146 milhões de euros). A margem financeira consolidada, ajudou os lucros do banco público a serem duplicados para 611 milhões de euros.
No Novo Banco houve lucros de 148,4 milhões de euros nos 3 primeiros meses do ano, mais 4% face ao primeiro trimestre de 2022. Neste banco público, a margem financeira cresceu 85% para 246,3 milhões de euros.
Já o Santander Totta teve lucros de 185,9 milhões de euros, com uma margem financeira a crescer cerca de 38,1% para 267,7 milhões de euros.
Por fim, o BPI apresentou lucros de 85 milhões de euros, mais 75% e com a margem financeira a subir para 83% para 203 milhões de euros.
Em 2022, com o objetivo de combater a inflação, o BCE decidiu vantajoso subir as taxas de juro e, com isso, apresentou impactos no aumento dos créditos dos clientes ajustados a taxa de juro variável.
Assim, com as taxas muito baixas nos últimos anos e, ao mesmo tempo, com medidas dos bancos para a reconstrução dos créditos de clientes com dificuldades, os presidentes destes principais bancos associam o aumento das taxas à “normalização da politica monetária”.
Paula Martins
Imagem: Observador