Vila Real avança com recolha de resíduos orgânicos para diminuir lixo em aterros

Vila Real avança com recolha de resíduos orgânicos para diminuir lixo em aterros

A Câmara Municipal de Vila Real começa, dia 13 de fevereiro, com a Estratégia Municipal para os Biorresíduos que passa pela distribuição de compostores pelos cidadãos, restaurantes e hotéis, com o objetivo de diminuir a quantidade de resíduos orgânicos depositados em aterro.

“É um grande investimento, algum é comparticipado outro sai dos cofres do município, mas é um investimento que julgamos adequado, certo e justo para a realidade que vivemos”, Rui Santos, o presidente da autarquia, afirmou na passada sexta-feira, durante a apresentação da estratégia.

Segundo o presidente, trata-se de um investimento global de quase 700 mil euros, que é repartido pela aquisição dos equipamentos e pelos custos envolvidos na recolha dos resíduos. O projeto conta, também, com o financiamento do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e do Fundo Ambiental

Mais de 40% dos resíduos depositados nos contentores para indiferenciados são orgânicos (biorresíduos), que podem ser valorizados se forem recolhidos e separados corretamente, segundo Carlos Silva, o vereador do pelouro do Ambiente.

Como os restaurantes, bares ou hotéis são grandes produtores de matéria orgânica, vão-lhes ser fornecidos contentores de maior dimensão, adequados para os estabelecimentos, e que, em três dias da semana, será feita a recolha porta a porta.

Nos territórios rurais vão ser colocados biocompostores, onde os cidadãos poderão deixar os seus resíduos e, depois, recolher composto. Mafalda Vaz de Carvalho, a responsável pelos serviços do ambiente do município, acrescentou que o projeto contará com a recolha dos resíduos verdes da manutenção dos jardins em espaço urbano.

“Com a separação também dos resíduos orgânicos, praticamente todos os resíduos que produzimos passam a ter valor. Passam a entrar numa cadeia de economia circular e passam a ser aproveitados como matéria-prima para outras utilizações”, referiu Carlos Silva. O autarca explicou também que, a partir de 2030, todo o tipo de resíduos que sejam valorizáveis não podem ser depositados em aterro.

Texto: Patrícia Martinho

Imagem: Sapo