O presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Vila Real, Fernando Queiroga, foi ontem reeleito
para um terceiro e último mandato à frente da distrital laranja, tendo-se verificado dos 912 votantes, 848
votos a favor da sua continuidade, 41 em branco e 23 nulos.
A direção transita assim, para mais um mandato, mantendo como vice-presidentes, Amílcar Almeida e
José Manuel Gonçalves, presidentes das câmaras de Valpaços e Peso da Régua, respetivamente.
No seu discurso, o também presidente da Câmara de Boticas, referiu que o foco para este mandato vai
estar na preparação das eleições posteriores, especificando, “uma vez que há três municípios em que os seus presidentes, por limitação de mandatos, vão sair.”
Outro foco em que “nos vamos centrar, é na união que existe para trabalhar em prol do presidente do
partido, Luís Montenegro, para que seja o próximo primeiro-ministro”.
Ao nível do distrito, Fernando Queiroga, lembrou mais uma vez da falta de importância dada pelo o
governo atual ao interior do país, mais precisamente, Vila Real. Na saúde, “as horas e horas de espera
nas urgências nos hospitais de Vila Real e Chaves e a falta de médicos e de enfermeiros que existe no
Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que fazem com que as consultas sejam
muito demoradas” e, na ferrovia, criticando o Plano Ferroviário Nacional, apresentado na quinta-feira,
considerando que “são meras intenções” e que “nem um plano é”. Falou ainda da nova linha
ferroviária entre o Porto, Vila Real e Bragança, incluída no documento, afirmando que, “falta informação concreta de corredores, prazos, orçamento e falta incluir a região do Alto Tâmega, que está a meia hora do TGV, na Galiza.”.
Outro tema abordado foi a descentralização, relacionada com a distribuição dos fundos
comunitários. Afirmou que, “mais uma vez este Governo está a esquecer a dita coesão territorial, mesmo na distribuição de verbas, vão ser menos verbas para este distrito” e iram “fazer uma ação também de oposição a este Governo que tão mal tem governado o país”, frisou.
Depois, destacou “também incompreensível”, que o Centro Distrital de Segurança Social de Vila Real
esteja sem diretor há meses e numa altura em que estão a ser delegadas competências da área social
para as autarquias, “é preciso um interlocutor na Segurança Social”.
Por fim, foi visível nas suas palavras a grande satisfação por haver uma “união, não uma unanimidade,
dentro do partido” que “refletiu-se em haver apenas uma lista candidata” às eleições deste sábado.
Fernando Queiroga lidera a distrital do PSD de Vila Real desde 2018 e agora foi reeleito para o terceiro
e último mandato, que se prolongará até 2024.
Hugo Sá
Imagem: A Voz de Trás-os-Montes