23 de julho de 2022 marcou o aniversário da morte da cantora, que até hoje serve de exemplo na luta contra a dependência.
A 23 de julho de 2011, Amy Winehouse foi encontrada sem vida no seu apartamento em Camden, Londres. O astro do soul britânico faleceu aos 27 anos, devido a intoxicação por álcool, e deixou aos amantes da sua música dois álbuns editados. Além dos problemas com álcool, Amy também era dependente de drogas.
A notícia da sua morte chocou o mundo e fez com que a diva do soul se tornasse mais um exemplo quando o tema é a luta contra a dependência.
O Torgador recorda a vida e obra da cantora britânica, símbolo de um soul que agradou milhões e dona de uma voz que almejava voos ainda maiores do que aqueles que chegou a atingir.
Amy Jade Winehouse nasceu a 14 de setembro de 1983, em Londres.
Desde tenra idade já se mostrava bastante interessada no mundo musical e, aos dez anos, fundou uma banda de rap, “Sweet ‘n’ Sour, as Sour”. Rodeada de música desde pequena, aos 16 anos já atuava em bares, apresentando-se, geralmente, acompanhada da sua guitarra elétrica e do seu amigo Tyler James.
Posteriormente, decidiu gravar algumas fitas e demos de sua autoria e, com isso, chamou a atenção do produtor musical Darcus Breeze. O produtor negociou com a artista, que, no mesmo ano, lançou o seu primeiro álbum.
O álbum de estreia da artista intitula-se de “Frank”, foi lançado em 20 de outubro de 2003 e conta com 13 músicas, reunidas numa coletânea com quase uma hora de duração. Como o nome sugere, é um álbum bastante “franco” e, na sua maioria, traz uma visão sobre o amor que, para alguns críticos, pode até ser demasiado honesta. Não obstante, o álbum foi uma excelente válvula de escape para o que viria a ser a carreira da cantora. “Fuck Me Pumps”, “Stronger Than Me” e “I Heard Love is Blind” são alguns dos destaques do álbum.
Três anos depois, em 2006, Amy Winehouse lança o seu segundo, e último álbum, “Back to Black” (“último álbum”, dadas as circunstâncias em que sai “Lioness: Hidden Treasure”, uma compilação feita após a morte da cantora).
“Back to Black” é lançado numa fase tumultuosa da vida da cantora, que começava a lidar com a sua dependência em álcool e drogas, parcialmente resultante da sua relação com Blake Fielder-Civil e dos bares que estes passaram a frequentar. Traz à tona uma Amy diferente do primeiro álbum, algo que, ao mesmo tempo que indiciou a queda da mesma na dependência em álcool e drogas, trouxe-lhe bastante visibilidade, devido às músicas melancólicas, categorizadas no universo da “dark music”.
Com êxitos como “Back to Black”, que deu nome ao álbum, “Rehab”, “You Know I´m No Good” e “Valerie”, o disco vendeu mais de 16 milhões de cópias e garantiu 5 Grammys à cantora.
Winehouse faleceu cinco anos depois, aos 27 anos, tendo construído um legado na música, mas levando consigo uma grande parte que ficou por construir.
Já foi confirmado um filme autobiográfico sobre a cantora, que se chamará “Back to Black” e que será dirigido por Sam Taylor-Johnson, conhecida por dirigir o primeiro “Cinquenta Sombras de Grey”.
As músicas de Amy Winehouse vão ser sempre relembradas como um marco na história do soul. Ouça alguns dos seus êxitos aqui.
Diogo Linhares
Imagem: Direitos Reservados