E Depois do Adeus

E Depois do Adeus

Todos nós viemos a este mundo com um simples propósito:                                      

Nascer, cumprir a nossa missão e, por fim, desaparecer fisicamente para a eternidade. Maior parte de nós já passou, decerto, pela complicada hora de uma despedida e, quando esse momento chega, percebemos que, mentalizados ou não, não sabemos onde nos esconder da tristeza e da incerteza do que há depois. Nós portugueses, povo de afetos, vivemos estas alturas com mais mágoa do que o resto do mundo, sendo algo que já nos é característico e que dá, aos que sofrem, um conforto naquela dura hora!

Muitas das vezes, quando se abate sobre nós a despedida de alguém que amamos, vamos reagir de formas diferentes conforme a situação e a nossa maneira de ser. Uns maldizem Deus, os Santos e os Anjos, outros quantos caem num poço e não se conseguem levantar. Muitos agarram-se ao terço com uma fé nunca experienciada, alguns ficam tempos sem cair na realidade da situação e outros aceitam tudo com leveza e sobriedade. Em todos os casos há diferenças abismais, por vezes devido às crenças e, outras vezes, pela falta delas. 

Seja de que forma for, todos nos perguntamos: “ E agora? O que há depois disto? ” e, a essa pergunta, nunca teremos, em vida, uma resposta!

Pensemos antes que aquele último punhado de terra que se abate sobre a madeira, seja o fim de um ciclo. Um ciclo feliz do qual fizemos parte e que, DEPOIS DO ADEUS, ficam as memórias. Os sinos da igreja voltam a tocar em dias de festa e nós, sejamos como eles e sigamos com alegria, fazendo aquilo que quem está lá em cima quer de nós:

Um sorriso brilhante para todo o mundo!

Hélder Fernandes