Atrasos e sobrelotação dos autocarros são os principais problemas apontados pelos utentes
Os Transportes Urbanos de Vila Real foram, na passada segunda-feira, dia 27, alvo de críticas por parte do PCP da cidade vila-realense, que classificou o serviço como vergonhoso: “está em processo permanente de degradação”.
A antiga CorgoBus, nome sob o qual surgiram os transportes em 2004 e que assegurou o seu funcionamento até 2015, vê nos constantes atrasos e na sobrelotação dos autocarros alguns dos principais problemas.
Em defesa, os Urbanos de Vila Real apontam o trânsito na cidade, motivado pelas “horas de ponta”, a afluência de população ao mercado e as obras temporárias na Avenida Carvalho Araújo como os fatores responsáveis pelo incumprimento dos horários. O que é certo é que o corte do trânsito na estrada que liga o Tribunal à Câmara Municipal é recente e que estas anomalias se verificam e intensificam ao longo dos últimos anos.
O descontentamento é geral e interfere prejudicialmente na vida pessoal e profissional dos utentes que se deslocam, através dos transportes urbanos, para o seu local de trabalho. Alguns estudantes universitários afirmam que os atrasos diários, que chegam a ultrapassar os 30 minutos, e as consequentes faltas às aulas e mesmo avaliações são intoleráveis por parte da empresa sediada na Zona Industrial de Constantim.
A lotação permitida e, aliás, inscrita no interior dos veículos, é constantemente e abusivamente ultrapassada, sendo frequentes as vezes em que os autocarros circulam com mais de 100 pessoas, correndo estas risco de perigo, nomeadamente na ocorrência de um acidente.
Na procura de esclarecimentos sobre possíveis mudanças quanto ao funcionamento e gestão da empresa de transportes, O Torgador tentou apurar, através da linha telefónica de apoio e ao longo de todo o dia de ontem, eventuais medidas que atribuam uma qualidade mínima a este serviço. As inúmeras chamadas realizadas que não foram, no entanto, bem-sucedidas, uma vez que não obtiveram qualquer resposta, agrega aos problemas já referidos, a despreocupação e a negligência para com os seus utentes.
Hugo Garrido
Fotografia: O Torgador (Alexandre Pires)