A sociedade e o tabu

A sociedade e o tabu

A nossa sociedade, embora esteja em processo de evolução, também está a regredir em alguns aspetos. Em termos de certos tabus, discutidos nos últimos tempos, o povo tem adquirido conhecimento, no entanto, em temas que são censurados a população não tem conhecimento e fica na situação em que está atualmente.

Na verdade, como nós não nos conseguimos adaptar corretamente ao que é novo, temos o hábito de recusar e não aceitar, de forma alguma, as novidades e os assuntos que são proibidos. Por exemplo, atualmente temos considerado a violência doméstica e a homofobia como algo errado. E estamos certos, porque não é por serem mulheres ou homossexuais que temos que maltratar as pessoas.

No entanto, muita gente acredita que estes temas não são certos uma vez que são recentes. Os mais velhos, principalmente, acham que não estão corretos já que na “época” deles não havia nada disto. Mesmo assim, nós, jovens, consideramos estes atos extremamente normais. Se alguns ainda acham que não é comum é devido à mente retrógada que ainda possuem.

De facto, não é porque agora em Portugal estes temas estão mais aceitáveis que podemos considerar que o clima social está melhor e que as leis ajudam estas pessoas, porque não ajudam assim tanto. Só em 2010 é que foi permitido o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Só em 2016 é que a lei que permite os casais homossexuais adotarem crianças foi aceite. Mas não se iludam. As leis existem, mas e atos que façam estas atuarem?

Na realidade, só este ano morreram 30 mulheres vítimas de violência doméstica. É uma situação ridícula presenciarmos, em pleno século XXI, homens que se consideram superiores às mulheres por simplesmente nenhuma razão aparente. Se esta situação não fosse tão trágica, quase diria que era cómica. Pena que não é. Acharem-se superiores só porque elas engravidam e ficam vulneráveis? Por favor, acordem e abram os olhos!

Devemos todos mudar esta sociedade o mais rápido possível já que, atualmente, estas pessoas vivem mal, sempre com medo. Com isto, existe uma maior possibilidade de contrair doenças psicológicas, pela constante discriminação dos entes queridos e de quem não tem nada a ver com isso. Deixem estas pessoas viver!

Tiago Ribeiro