Transmontanos e Axadrezados não vão para além do empate

Transmontanos e Axadrezados não vão para além do empate

O Grupo Desportivo de Chaves recebeu, no passado domingo, pelas 17h30, o Boavista, numa partida a contar para a 22.ª jornada da Liga NOS.

Nesta altura do campeonato, é mais uma jornada crucial para o Chaves escapar à zona de despromoção.

O jogo inicia-se com uma oportunidade de golo para o Boavista, aos dez minutos, num canto batido por Matheus Índio, Rafael Silva remata e fica perto de inaugurar o marcador. No entanto, na primeira parte, as Panteras Negras não viriam a criar mais nenhuma oportunidade clara.

Apesar de a posse de bola estar equivalente, a equipa flaviense foi a que criou mais perigo nos minutos seguintes. Primeiro pelo central Raphael que, isolado, desperdiça uma boa oportunidade de golo devido à grande saída do guardião António Filipe. Seguiram-se os remates de Luther Singh e de Perdigão, aos 27’ e 35’, que acabaram por não incomodar muito a baliza adversária.

Faltavam dois minutos para terminar a primeira metade quando, numa boa iniciativa atacante, Paulinho entra na área e é derrubado. Penálti para o Chaves. O capitão Bruno Gallo assume a responsabilidade e inaugura o marcador.

As duas equipas regressavam ao balneário, com o placard a registar 1-0 a favor dos flavienses.

A segunda parte inicia-se com uma dupla substituição dos axadrezados, tentando mudar o rumo dos acontecimentos. Saem Idrís e Perdigão e entram Fábio Espinho e Carraça.

As mudanças no onze pareciam estar a surtir efeito, o Boavista ia ocupando o meio campo adversário e criando mais oportunidades de golo. As duas mais flagrantes vieram dos pés de Edu Machado que, de fora de área, obrigou o guardião transmontano a aplicar-se, realizando duas grandes defesas. O Chaves ia tentando responder, através do contra-ataque, e num lance rápido Luther Singh aparece isolado frente a Bracali, mas não consegue aumentar a vantagem.

Tendo em conta a avalanche ofensiva axadrezada, adivinhava-se que o empate poderia surgir. Aos 60 minutos acabou mesmo por acontecer, uma jogada orquestrada pelas duas substituições de Lito Vidigal, acabava no fundo da baliza de António Filipe. Cruzamento rasteiro de Carraça e, dentro da área, Fábio Espinho finalizs a jogada. Estava feito o empate no Municipal de Chaves.

Faltava meia hora para a partida terminar e ambas as equipas procuravam o golo da vitória, tendo sido aos 68 e 70 minutos a vez dos Boavisteiros tentam ampliar a vantagem, primeiro pelo central Raphael e depois por Edu Machado, noutra grande tentativa de fora d`área.

Tiago Fernandes, numa tentativa de criar mais desequilíbrio, retira Luther Singh de jogo e faz entrar no seu lugar, Niltinho. Esta substituição quase que se revelava magistral, isto porque aos 88’, o brasileiro, numa fuga atacante cai dentro da grande área e o árbitro assinala penálti.

Contudo o lance teve intervenção do VAR e acabou por não se manter a decisão do juiz da partida, dando amarelo por simulação a Niltinho.

Terminava assim uma grande partida de futebol entre os Valentes Transmontanos e as Panteras Negras. 1-1 foi o resultado final.

Com este empate o GD Chaves manteve o 17.º lugar, com 19 pontos.

Conferência de imprensa

Em resposta à pergunta se a equipa rendeu aquilo que era esperado, Tiago Fernandes respondeu que a equipa passou por fases, mas pecou nas iniciativas ofensivas porque “quem costuma mais desequilíbrios, não o fez, fruto da imaturidade, mas já lhes transmiti o meu descontentamento”.

Em relação ao adversário, o treinador português, elogiou o Boavista, que se apresentou como uma equipa “bastante bem organizada”.

Por fim, em relação ao lance polémico do penálti anulado pelo VAR nos últimos minutos, o treinador realçou ainda não ter visto o lance, mas que no balneário, Niltinho disse-lhe que “sentiu um puxão e era grande penalidade”

Flávio Fernandes

Fotografia: O Torgador (Adriana Marques)