O mais incerto da incerteza de um futuro que se aproxima….
Saímos em modo finalistas, entramos em modo incerteza.
Ativamos de imediato as incógnitas, os caminhos imprevisíveis… Não sabemos o que vamos fazer, para onde vamos, se vamos e como vamos. E se sabemos, as voltas acabam por nos trocar as ideias. A vida, nesta altura, complica-se por ela própria. Não sabe ser ela. Arranja sempre forma de piorar, de complicar, de misturar ideias e sonhos, pesadelos e caminhos, …
E quando as ideias finalmente assentam há um ventinho que passa e … lixa tudo! Mas que carago… então e as ideias novas, as certezas, a coragem e a ambição, para onde vão?
Persistência. Paciência. Dois grandes P’s. Não há nada que não se consiga sem eles. Mas é preciso acreditar e fazer de tudo para conseguir. É preciso não desistir. É preciso ganhar coragem a cada dia. A cada minuto. A cada adversidade. A cada chapada. A cada pessoa que nos vira as costas. A cada pedacinho ode esperança. A cada não.
O que mais custa quando estamos felizes – e de tal forma iludidos – em que achamos que algo vai correr na perfeição e o “não” aparece sem hesitar…. Sem dó nem piedade. Ai! O não… Tantos que vamos ouvir, e tantos que não vamos saber aceitar. É porque não é só ouvir. É perceber. É interiorizar. É preciso agir!
O que não nos mata torna-nos mais fortes e, se é a caminhar que se faz o caminho, não podemos ficar estáticos, precisamos de nos mexer. Remexer ideias. Inventar sonhos. Planear objetivos. Projetar ambições. É preciso não desistir. É preciso agarrar as pequeníssimas oportunidades. Fazer o que gostamos. Evitar o que não gostamos.
Por vezes temos que nos sentir os donos do mundo para conseguirmos tirar de nós próprios a melhor das ideias, a melhor forma de contornar problemas. Precisamos de nos sentir diferentes para fazer a diferença. Mas isso só depende de nós. De nós e da capacidade que desconhecemos ter.
Não sabemos para onde vamos, mas o importante é ir. Não sabemos como vamos, mas chegaremos lá. Não sabemos quem nos acompanhará, mas talvez precisemos de ir sós. Não sabemos se vale a pena ir, mas no fim vamos ter a certeza se vale a pena voltar.
No fim dá tudo certo, e se ainda não deu certo, claramente não é o fim.
Inês Silva