Platiny impede naufrágio na tempestade da Feira

Platiny impede naufrágio na tempestade da Feira

Este sábado, pelas 15:30h, CD Feirense e GD Chaves marcaram encontro em Santa Maria da Feira para o 32º embate da Liga NOS.

Os flavienses inauguraram o marcador por intermédio de William com um belo toque de calcanhar após lançamento longo de Niltinho à passagem do minuto dez. Contudo, a resposta fogaceira não poderia ter tido melhor acerto: canto da direita ao qual Flávio Ramos cabeceia imponentemente e Djavan tenta o corte, mas em vão. Igualdade estabelecida, 1-1!

No 19º minuto, o 11 transmontano, através de uma insistência pela ala direita, descobre Niltinho mas o brasileiro não concretiza vorazmente. Quase que se invertiam os papéis do lance do tento inaugural…

Seis minutos volvidos, Luther Singh cai na grande área adversária e fica a clamar grande penalidade. Instala-se a confusão, o técnico do CD Feirense é expulso por protestos e o árbitro decide prosseguir a partida.

Enquanto que o GD Chaves apostava na velocidade e força dos seus avançados, os anfitriões tentavam diversas investidas fora da área para alcançar o segundo golo. Ao minuto 37, através de um canto direto, Vítor Bruno sentencia a reviravolta no marcador. 2-1 no Marcolino de Castro!

Costinha, à passagem do minuto 38, rende Bressan após lesão. Até ao término da primeira metade, a turma flaviense não ganhou para o susto: no 42º minuto, é assinalada grande penalidade a favorecer os fogaceiros; porém, o VAR interveio e solucionou a questão prudentemente, diga-se de passagem.

O CD Feirense, sem subjugar o adversário, surgia superior. A segunda parte carecia de competência, entrega e alma flaviense! E assim foi. Os transmontanos lavaram a cara, enxugaram as lágrimas e limparam o suor.

A dez minutos da hora de jogo, Caio Secco adiava, ao máximo, o golo do empate, factos visíveis na estirada após livre de Bressan e na defesa in extremis diante da cabeçada portentosa de Maras. Ghazaryan substituía Bruno Gallo ao minuto 57. E, no mundo futebolístico, quem ameaça, normalmente concretiza: Maras responde afirmativamente ao cruzamento de Djavan e restabelece a igualdade.

Posteriormente, o jogo primou pelo equilíbrio e ambas as formações almejavam o terceiro tento. A felicidade sorriu, novamente, aos da casa e Babanco, pós passe teleguiado de Tiago Silva e aproveitando a falha defensiva, receciona com classe e vinca o 3-2, com 70 minutos decorridos!

Três minutos volvidos, Platiny, recém-entrado na vez de Niltinho, só necessitou de um toque para impor a igualdade. Canto da direita, cabeceamento impetuoso e 3-3 num jogo de loucos! Aly Ghazal, também recém-entrado no lugar Cis Santos, provou logo o sabor amargo do tento adversário.

Minuto 76… adivinhem o que aconteceu? Exatamente! Luís Machado remata para o quarto golo do CD Feirense a passe atrasado de Tiago Mesquita. 4-3! A respiração constituía uma tarefa árdua de se realizar!

Posteriormente, Edson Farias, numa brilhante incursão pelo flanco direito, vê a barra negar-lhe o aquele que seria o oitavo golo da partida.

A partida caminhava para o fim e o abismo parecia próximo das zonas transmontanas. Até que, no último minuto da compensação dada pelo árbitro, Platiny introduz a bola na baliza após desentendimento de Caio Secco e Philipe Sampaio e resgata a igualdade do encontro.

Um ponto que sabe a pouco e que, paradoxalmente, vinca na alma flaviense uma réstia de esperança caso o Tondela não triunfe. Nos dois últimos duelos que se avizinham, é imperativo ganhar e olvidar situações hipotéticas.

Homem do jogo: Platiny. Substituição arriscada por parte de José Mota, mas frutífera na medida em que apontou dois golos. De salientar a alma de todos os intervenientes em campo e da temeridade com que combateram até ao último segundo.

Romão Rodrigues