A 15 de setembro, J Puro e MainStorm lançaram a música “ZETA”, juntamente com o respetivo videoclipe, num projeto que procura “engrandecer a cultura trap e hip-hop vilarrealense”.
O projeto contou com a produção de Black Eagle e pós-produção e mix e master de Nedved. O videoclipe foi realizado por Sérgio Carmona e teve a colaboração da loja de streetwear, Sneakers House.
Segundo os artistas, o objetivo passou por criar “algo novo e fresco”, aproveitando-se de “uma batida inovadora e uma abordagem bastante criativa de ambos”. J Puro admite que “Podem dizer que não é hip-hop, ou que não é rap ou trap, mas, no fundo, não estamos aqui a rotular-nos! Simplesmente quisemos viajar um bocado e a coisa acabou por surgir.”.
Surgiu, dessa forma, “ZETA”, uma música que deambula entre o trap e o hip-hop, não deixando de ser única e fruto da vontade dos artistas em viajar musicalmente.
Para MainStorm, trabalhar com J Puro “foi natural”, já que foi ele “o primeiro a trazê-lo para estúdio”, o que culminou numa música que nasceu com bastante espontaneidade e à-vontade na criação.
“Sem rótulos e dogmas” é a forma como J Puro descreve a viagem que aqueles que ouvirem a música irão experenciar. O título do projeto tem origem numa constelação, Zeta Reticuli, composta por duas estrelas principais, na representação dos artistas fundadores do projeto.
A mensagem da música representa a evolução psicológica pós relação amorosa. MainStorm é quem entoa as primeiras palavras da canção, numa representação mais melancólica do fim do relacionamento. (“Tinha o mundo todo pra ti / Coração ficou partido / E eu já nos via como pais”) Já a parte de J Puro debruça-se mais sobre a superação e o começo de uma vida mais livre e leviana. (“Ontem fui ao Porto só para pegar uma americana / É turista de dia mas de noite eu faço lhe a cama”)
J Puro refere, ainda, que “ninguém vive uma vida toda de coração partido, nem uma vida toda de satisfação plena e sentimento de conquista pessoal”. Desta forma, com o objetivo de equilibrar a balança emocional da música, acrescenta que “todos os processos são fundamentais para a nossa vivência”.
“Uma música não é a letra”, referiu MainStorm, “é todo o ambiente que o artista quer inserir nela”. Como tal, toda a música é pautada com um ritmo crescente, que acompanha o desenvolvimento da letra consistente, num beat que mistura trap e música eletrónica.
O videoclipe da música já conta com mais de duas mil visualizações e, no Spotify, aproxima-se do primeiro milhar de audições. Além disso, já se encontra em playlists editoriais da mesma plataforma, o que tende a disparar os números dos artistas.
Ambos confirmaram que novos projetos se aproximam, sendo que o próximo projeto de J Puro terá como nome “Trap C!ty”. “ZETA foi a colher de chá de um caldeirão gigante!”
Diogo Linhares
Imagem: Ana Fields