O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, lamentou, na segunda-feira, os “impactos” de uma greve “repetida” por parte da CP (Comboios de Portugal) e assegurou que o Governo não irá ceder às reivindicações dos trabalhadores.
Durante uma visita às obras de requalificação da estação General Torres, no concelho de Vila Nova de Gaia, Pedro Marques referiu que “a greve é um direito completamente legítimo dos trabalhadores, contudo o que está aqui em causa é a alteração de um regulamento que o Governo não alterou e não está a pensar alterar”.
Na origem do protesto dos ferroviários está a circulação de comboios com um só agente.
O ministro disse ainda que o “regulamento português é semelhante em toda a Europa, à exceção de “um país de leste”, estando em curso “há décadas”.
A CP avisou para a greve marcada na terça e quarta-feira, deixando explícito que a circulação de comboios será afetada e algumas ligações serão suprimidas. Está também prevista greve a norte do país nos dias 23 e 24, época festiva de S. João.
Para Pedro Marques aceitar as reivindicações poderia ser sinónimo de “pagamento de milhões e milhões de euros de indemnizações às concessionárias que têm a concessão de alguns troços de rede” e acrescentou ainda que a CP, “apesar das regras regulamentares funciona com dois agentes”.
O ministro concluiu que “este tipo de greve repetida penaliza muito as populações” e que “apenas” pode “lamentar os impactos da greve nas populações”, uma vez que este “é um direito legítimo dos sindicatos fazerem greve”.
Susana Faria