Na Mira D’o Torgador: ArtinVitro

Na Mira D’o Torgador: ArtinVitro

O Torgador falou com a ArtinVitro. Um projeto de Bruno Miguel, ex-aluno do Curso de Genética e Biotecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, lançado na incubadora da UTAD, cuja a funcionalidade é criar plantas em frascos, onde apenas necessitam de luz para sobreviver, unindo a biotecnologia à componente artística.

O TORGADOR (OT): Como é que nasceu a ArtinVitro? Desde do início, achou que este projeto seria bem-recebido pelo público no geral?

ArtinVitro (A): “(…) é uma pergunta à qual eu não tenho uma resposta simples, pois foi a conjugação de vários fatores. Na altura estava a desenvolver um trabalho em cultura in Vitro com plantas ornamentais e ao olhar para o trabalho que estava a desenvolver comecei a vê-lo de outra forma, não como o de investigador, mas como o de consumidor. Depois de instalar as plantas em meio de cultura, eu só as tinha de monitorizar, logo não tinha mais “trabalho” com elas. Esta foi a base da ideia que me surgiu. Mas por curiosidade criei os meus primeiros “protótipos”, mostrei-os a várias pessoas, entre as quais a professora responsável, o Miguel e falei-lhes sobre a minha ideia. O Miguel fez parte do projeto durante os primeiros seis meses e a partir de maio de 2016 continuei sozinho com o projeto até hoje. A aceitação, cada vez maior por parte da sociedade, também se deve ao facto de resolver o problema de quem quer plantas, mas não tem tempo, jeito, espaço ou paciência de cuidar das mesmas.”

(OT): Quais são os principais cuidados que devemos ter com estas plantas?

(A): “Os únicos cuidados que elas precisam é de luz para crescer, de preferência sem sol direto.”

(OT): Já passou algum tempo desde a implementação da ArtinVitro no mercado. Qual foi o feedback que teve das pessoas, foi positivo e aquilo que estava à espera?

(A): “Apesar da dificuldade em incorporar o conceito, a resposta tem sido bastante positiva, normalmente as pessoas gostam e acham que é um trabalho belo! Superou as expectativas em relação ao feedback e as vendas têm tido sempre uma trajetória ascendente.”

(OT): É difícil implementar este projeto numa cidade do Interior, como Vila Real?

(A): “Implementar não é difícil em si. Mas devido à baixa dimensão populacional e ao facto de não ser um grande centro cosmopolita houve a necessidade de testar o mercado noutros locais como o Porto, para se ter uma ideia real do interesse do projeto para o público que consideramos o nosso público alvo.”

(OT): Onde podemos encontrar estas plantas e comprá-las?

(A): “Podem encontrá-las na UTAD, no Pedrinhas, na sala 9 da incubadora de empresas, no Porto na loja «Maria Porto», na Póvoa de Varzim na «Nina coop store», em Valença na “Casa Toga” e em Lamego na «Casa Nini» (dentro do hospital de Lamego). Podem também encontrar os nossos produtos online e compra-los através do nosso site “artinvitro.pt”, através da nossa página de Facebook que é @ArtinVitro1 ou Instagram @artinvitro. É bastante fácil!”

(OT): Podemos esperar mais projetos como estes? Ou tem mais projetos como este à venda?

(A): “A ArtinVitro é um projeto com vários produtos diferentes à venda e um projeto (em) que a inovação faz parte do seu ADN. Há novas ideias a introduzir e novos produtos em mente.”

(OT): Que balanço fazem da vossa ideia e do que ela alcançou?

(A): “Um balanço muito positivo de uma evolução e crescimento sólido.”

Vera Silva

Fotografias: Art in Vitro