Durante a noite do dia 13 de janeiro, ocorreu o debate entre António Costa, secretário-geral do PS, e Rui Rio, líder do PSD, transmitido simultaneamente na RTP1, RTP3, SIC, SIC Notícias, TVI e CNN Portugal. Os impostos, o salário mínimo, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a justiça e a TAP foram os temas que marcaram este momento.
Rui Rio garantiu que, no que diz respeito às eleições legislativas, “ou o PS ganha, ou ganha o PSD” e que “António Costa não tem condições de reeditar a geringonça”. O presidente do PSD afirmou, ainda, que o PS “falhou ao nível da economia e ao nível dos serviços públicos, principalmente o Serviço Nacional de Saúde”. Costa respondeu que Portugal “precisava de tudo menos de uma crise política”. Rio pensa que a “capacidade que a justiça tem para responder às necessidades do país é fraquíssima”.
Quanto aos salários, o primeiro-ministro afirma que “a massa salarial na Administração Pública este ano vai subir 3%, porque a atualização salarial segue a regra que fixámos”. “Temos de fazer a reforma da administração pública e conseguir uma maior produtividade”, acredita Rui Rio. Costa realça que o “país precisa de aumentar os seus salários”. “Não só o salário mínimo, mas também o médio. E quem não quer aumentar o salário mínimo, não consegue aumentar o salário médio e os outros”. O PSD deseja que aumentem todos os salários.
Sobre os médicos de família, António Costa garante que “não atira a toalha ao chão”, que “a solução não é pegar nos recursos que o Estado tem para andar a financiar ao lado do SNS” e que “temos de continuar a reforçar”. Relativamente ao SNS, o líder do PSD confia que “uma das falhas que há é falta de médicos de famílias (…) e nós para resolver o problema das listas de espera e dos médicos de família queremos: dinamizar o CIGIC para as cirurgias e para as consultas de especialidade”.
Em relação à TAP, Rui Rio afirmou que esta companhia “não devia ter sido nacionalizada” e continuou, dizendo que a companhia é “uma empresa que dizem de bandeira mas que apenas serve o aeroporto de Lisboa, e de forma indecente”. O primeiro-ministro revelou que confia na reestruturação da TAP. Ainda sobre a companhia área, Costa realça que “não nacionalizamos, nós comprámos para garantir que o privado não daria cabo da TAP se fosse à falência. A TAP salvou-se porque o Estado e o grupo Barraqueiro estavam lá”.
Segundo a análise da Universal McCann (UM), o debate entre António Costa e Rui Rio foi o debate mais visto, tendo conquistado mais de 3,2 milhões de portugueses.
Marta Afonso