Durante a noite do passado domingo, na RTP, decorreu o primeiro debate sobre as eleições legislativas entre António Costa, secretário-geral do PS, e Rui Tavares, representante do Livre de Lisboa.
Ao longo do debate, Tavares demonstrou a vontade de existir um consenso entre o Livre e o PS para um acordo assinado. O cabeça de lista do Livre acredita que “um partido a governar sozinho não conseguirá dar respostas que o País precisa, como sair de uma política de salários baixos e deixarmos de ser a cauda da Europa para passar a ser a cabeça da Europa”. Já o primeiro-ministro confia que “o país precisa de estabilidade. […] A forma mais segura de ter estabilidade é os portugueses darem-nos uma maioria. Uma maioria não significa governar sozinho, como fui na Câmara de Lisboa – não fui nem mais nem menos dialogante se tive maioria ou não tive maioria” e defende, ainda, que sem uma maioria, “todas as outras soluções revelam-se precárias ou más, ficando dependentes dos liberais ou da extrema-direita, o que era perigosíssimo”. António Costa pensa que a “escolha faz-se entre mim e o doutor Rui Rio”.
Em relação ao salário mínimo, Tavares explica que “precisamos de um pacto para o rendimento, para o trabalho e proteção social, que nos recoloque numa rota de aproximação ao Salário Mínimo espanhol”. O Livre, no programa eleitoral, sugere um salário mínimo de 1000 euros, em 2026. Quanto ao PS, o partido reforça o interesse de, até 2026, o salário mínimo ser de 900 euros.
Os debates com os representantes de cada partido político, sobre as eleições legislativas, começaram no passado domingo e terminam no dia 15 de janeiro.
Marta Afonso
