No dia 16 de maio, a Filandorra – Teatro do Nordeste apresentou o espetáculo “A Memória de Giz” de Agustina Bessa-Luís no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso em Amarante, para os alunos do 1º ciclo do ensino básico do concelho. Este espetáculo surge para celebrar os museus como espaços vivos de cultura, em honra do Dia Internacional dos Museus.
O Município de Amarante desafiou a Filandorra a realizar o mais recente espetáculo infantojuvenil, “A Memória de Giz” de Agustina Bessa-Luís, que vai de acordo com o tema proposto pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) para este ano, “Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar”, e com o objetivo de promover o bem-estar através do benefício das atividades culturais. É neste contexto que a companhia de teatro proporciona às crianças que frequentam o 1º ciclo do ensino básico de Amarante a oportunidade de vivenciar o Museu numa perspetiva diferente e possibilitar a (re)descoberta da obra de Agustina para a infância. O espetáculo estreou no passado mês de outubro em Vila Meã, terra natal da escritora, no âmbito das celebrações dos cem anos do nascimento.
A 82ª produção da companhia, “A Memória de Giz”, conta a história de “um rapaz tão atrevido e mandrião cuja mãe não parava de lamentar-se pelos desgostos que ele lhe dava. Faltava à escola sempre que podia, e usava uma fisga para matar pardais; também com ela atirava pedradas à égua do Regedor…”. A encenação é de José Caldas, da Quinta Parede, e o elenco é composto por Bibiana Mota, Luís Pereira, Márcio Pizarro, Paulo Magalhães, Pedro Carlos, Sinas Pereira e Sofia Duarte. Helena Vital Leitão e José Caldas são responsáveis pelos figurinos e guarda-roupa; Anita Pizarro e Francisco Santos nos elementos cenográficos e com Carlos Carvalho responsável pelo desenho e operação de luz. Na produção está Cristina Carvalho e na comunicação está Silvina Lopes e Débora Ribeiro.
O espetáculo estende-se durante quatro dias e conta com sessões contínuas, onde a Filandorra irá recriar no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso “a alegria da Augustina, as suas memórias do Douro, a casa de Vila Meã iluminada com candeias onde as sombras assombravam as crianças numa dança misteriosa”. É uma iniciativa que decorre do Protocolo de Cooperação com o Município de Amarante, que uma vez mais aposta na companhia para a fomentação cultural do Dia Internacional dos Museus.
Texto: Patrícia Martinho
Imagem: Município de Amarante