Apesar da corrida ter terminado atrás do safety car, Cassidy foi o grande vitorioso, não só pela recuperação que fez mas pelo espetáculo que deu. Em segundo lugar ficou Evans e em terceiro Dennis.
No meio da temporada, o attack mode neste circuito é no exterior da curva quatro. O António Félix da Costa teve problemas de software no seu monolugar que levou a uma má qualificação nesta manhã. Fenestraz era o pole sitter mas má gestão da equipa em tê-lo posto em pista com demasiada potência custou-lhe a pole e o seu sucessor foi o piloto da McLaren Hughes.
As luzes apagaram-se e a corrida começou com o português a ganhar uma posição logo no arranque. Na volta seguinte, ganhou mais duas posições e notava-se que o António vinha com fome de vencer.
Na terceira volta, Lotterer embate contra as barreiras e desfaz a dianteira do seu monolugar, abandonando a prova.
Cassidy acabaria por cometer uma loucura na quinta volta, na curva seis, ao ultrapassar por fora alguns carros, numa das curvas mais lentas e complicadas do circuito. Pouco depois, Cassidy voltava a voar a ultrapassar três carros na reta da meta, com António a subir à 12º posição.
Muitas alterações de posições por causa do uso do attack mode, na volta dez, com Rowland e Rast a entrarem para as boxes e o português a ascender à 10ª posição.
Ao longo da corrida Cassidy e Evans iam trocado de liderança volta após volta, assim como no meio do plutão iam-se alterando as posições com as entradas no attack mode.
Na volta 15, António sobe à oitava posição que pouco durou: à saída do túnel para a entrada da curva dez, houve um desentendimentos dos pilotos e o português saiu prejudicado em embater contra o muro e furar o pneus com os destroços da pista. Tinha começado a corrida em 19º e estava em oitavo nos lugares pontuáveis.
Com isto, Vergne era o mais vitorioso em questões de colocação; tinha partido de último e andava em sétimo lugar, onde terminou depois a prova. Por sua vez, Nato tinha começado nos lugares de cima e foi caindo, perdendo dez posições.
Na volta 21, na curva dez, Mortara acabaria por ficar sem a sua asa da frente ao embater num monolugar, com Rowland a entrar novamente para as boxes e confirmando-se a desistência.
Na volta 22, houve três incidentes, um deles na reta da meta. Nato tinha danificado o seu monolugar sozinho e, por consequência, teve de abandonar a prova. Pouco depois, na reta entre a curva um e dois, Ticktum vinha a fechar o caminho a Gunther que embateu contra o raile, danificando assim o seu monolugar e do britânico. Isto levou à entrada do Safety Car que acabou por sair na volta 24 para as boxes para recomeçar a corrida.
A duas voltas do fim, Muller bate contra Bird na curva um, levando o suíço a abandonar a prova, sendo o quarto desistente. O Safety Car entra novamente na prova mas nada se alterou, a corrida a terminou atrás do carro de segurança. Conquistou assim o australiano a vitória no circuito citadino do Mónaco.
O top dez foi Cassidy, Evans e Dennis – a fechar os lugares de pódio -, seguidos de Fenestraz, Hughes, Ticktum, Vergne, Buemi, Vandoorne e por fim Bird. O António ficou em 16º lugar.
O piloto do dia é difícil de escolher mas, os pilotos da DS Penske tiveram irreconhecíveis a fazer ultrapassagens sorrateiramente que levou a lugares de ponto, depois de terem ambos partido em último. Já Cassidy também fez uma ótima corrida, depois de um fim-de-semana de treinos ter corrido mal ao piloto australiano. Voltaremos dia 3 e 4 de junho com mais corrida e qualificação para a 10ª e 11ª ronda do campeonato em Jakarta, com transmissão na Eleven 6.
Texto: Fernando Morais
Imagem: FIA Formula E