A quinta marcha LGBTQIA+ saiu às ruas de Vila Real, no dia 25 de maio. “Binde Pá Marcha” contou com algumas instituições e dezenas de participantes.
Ana Rita, membro da organização, afirma que este evento foi de celebração, diferente das “primeiras marchas que nós fizemos foram marchas muito mais reivindicativas”. Diz também que, antes da primeira marcha, “mal se falava de LGBT nesta cidade. E sentiu-se uma mudança muito grande.” Segundo a ativista, a marcha tem o objetivo de “mostrar a toda a comunidade LGBT, e toda a comunidade que apoia a comunidade LGBT, que não está sozinho, que há apoio de toda a sociedade, que há apoio da cidade de Vila Real, e que nós somos uma cidade cada vez mais inclusiva e que cada vez respeita mais a liberdade individual de cada um.”
A Marcha contou também com participantes de vários pontos do país. Como é o caso do ativista e membro dos Bears on Motorbykes, comunidade motociclista LGBTQIA+ portuguesa, Jorge Santos. O ativista viajou de Vila Nova de Gaia até Vila Real e alerta que, com “a subida da extrema-direita em Portugal, corremos o risco de os ver (direitos) revogados, por isso esta marcha é muito importante.”
Também o casal brasileiro Gabriel e Lucas, recém-chegado à cidade de Vila Real, confessa que no Brasil as questões LGBTQIA+ estão mais avançadas e que os preconceitos são menos frequentes. “Não que não existam, sempre vão existir! Só que hoje nós temos maior liberdade lá, e queremos conquistar essa liberdade aqui também”.
De cartazes nas mãos, ao som de música e cânticos, a marcha teve início na Praça Diogo Cão e terminou na Praça Camilo Castelo Branco.
José Alho
Fotografia (créditos): José Santos e Patrícia Guedes