Paulo Fernandes, responsável por lecionar e investigar no departamento de Ciências Florestais e Arquitetura paisagista da UTAD, é coautor do relatório, que retrata as mudanças climáticas no mundo e suas consequências, como o facto do aparecimento frequente e intenso de incêndios florestais. Segundo consta nesses dados, ocorrerá um aumento extremo destes incêndios, de 14% até 2030, de 30% até ao final de 2050 e 50% até o final do século.
O professor Paulo Fernandes é tido como um dos maiores especialistas do mundo, conforme a indicação no ranking mundial de 2020 (SHCS- Scopus Highly Cited Researcher/ Stanford University), no qual é colocado no 18º lugar entre os cientistas mais citados na categoria de Ciências Florestais.
O relatório menciona o alto risco para o Ártico e outras regiões que, até então não tinham sido afetadas por incêndios florestais. De acordo com o investigador, no documento é solicitado aos governos que, “dois terços dos investimentos sejam gastos no planeamento, prevenção, preparação e recuperação, e o terço restante na resposta”, fórmula conhecida por “Fire Ready”.
O relatório tem como foco relatar e alertar sobre o agravamento das mudanças climáticas, que são visíveis através do aumento da seca, altas temperaturas, baixa humidade relativa, raios e ventos fortes, que acabam por acarretar épocas de incêndios mais severas e prolongadas. Além disso, é necessário evidenciar, como a fauna e flora são altamente afetadas com os incêndios florestais, fazendo com que certas espécies de animais e plantas cheguem a beira de uma extinção.
É necessário ter em atenção o aquecimento global e as alterações climáticas que têm ocorrido de forma contínua no planeta, com o propósito de gerar ações em prol deste fim, começando por estagnar até que diminua as consequências causadas pelas mudanças climáticas.
Cássia Teixeira
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