Deixar para depois

Deixar para depois

“Eu depois faço.” Tantas e tantas vezes que já disse isto para me fazer sentir melhor. Quando, na verdade eu tinha a plena noção que isso não podia trazer nada de positivo.

Neste último semestre pude perceber o verdadeiro resultado daquilo que já deveria ter acontecido para eu abrir os olhos. Procrastinei tanto que deixei uma parte das minhas responsabilidades académicas para a última semana.  Agora aqui estou eu a tentar fazer tudo de uma só vez, quando a única vontade que tenho é dormir.

O final deste primeiro semestre está a ser um autêntico caos. Um monte de trabalhos para entregar, estudar para frequências. Não sei para onde me virar. Acredito que este fenómeno “inexplicável” não me afeta só a mim. Isto tem um nome, procrastinação ou numa linguagem mais corriqueira, falta de vergonha na cara.

A culpa também não é inteiramente nossa, não temos culpa que os serviços de streaming disponibilizem conteúdos deveras interessantes. Por falar nisso, já viram Queen’s Gambit? Bem, tenho de manter o foco. É isto mesmo que nós precisamos, focar no que é realmente importante, e ignorar estas vozes na nossa cabeça que só nos levam para maus caminhos.

O problema maior, é quando levamos este pensamento para o nosso dia a dia. E tudo fica neste círculo vicioso. “Eu depois faço” é a forma mais fácil de dizer que não estou de todo interessado nas tarefas. Esta falta de vontade generalizada é ainda mais cansativa do que realmente fazer tudo o que me compete.

Por isso o meu conselho é, façam tudo com calma e não esperem o final do semestre para fazer tudo. Não vai correr bem, e só vão querer dormir. Depois desta reflexão toda, sinto que o próximo semestre vai ser exatamente igual.

José Alho