O segundo debate de dia 6 de janeiro foi marcado pelas muitas diferenças entre o BE e a IL.
A jornalista da SIC, Rosa de Oliveira Pinto, começou o debate a fazer perguntas aos candidatos sobre impostos e, Cotrim afirma, de imediato, que “Portugal há demasiado tempo tem um nível de carga fiscal […] muito limitativo.”, reforçando que “a redução fiscal produz crescimento” e defendendo uma proposta “gradual” de uma taxa única de 15%. Catarina Martins afirma, em primeiro lugar, que ainda não existe um programa eleitoral disponível da IL, e que a proposta de taxa única de IRS “é muito boa para os ricos”, no entanto, “quem vive do seu trabalho não ganha nada com isso”. De seguida, explica que o Bloco pretende criar mais dois escalões ” para aliviar os impostos para quem vive dos rendimentos do trabalho”.
Sobre o salário mínimo nacional, João Cotrim de Figueiredo garante que a Iniciativa Liberal é contra a sua imposição, por ser “limitativo da liberdade que algumas regiões podiam ter para a fixação de pessoas” e propõem, como alternativa, salários mínimos por setor ou por região. Já Catarina Martins garante que é possível aumentar o salário mínimo em 10% ao ano com alterações à legislação laboral.
Catarina Martins aproveitou a oportunidade para acusar a IL de fazer “da irresponsabilidade a sua propaganda” quando “proteger vidas era a prioridade.”. Segundo a coordenadora do BE, a IL votou sempre contra todas as medidas sanitárias e estados de emergência. Ao que Cotrim corrigiu que nunca votaram contra medidas sanitárias, mas sim contra os estados de emergência, à exceção do primeiro. Acrescenta ainda que, “votamos (…), porque impunham limitações à liberdade das pessoas (…) e sempre defendemos que (…) todas as medidas que se mostrassem eficazes deviam ser tomadas.”
Quando o assunto passou a ser a escolaridade, Catarina Martins voltou a atacar Cotrim: “Na saúde, como na escola e um pouco como tudo o resto, a questão da Iniciativa Liberal não é a liberdade de escolha, é colocar o estado a financiar vários negócios privados. A Iniciativa Liberal, que não gosta nada do Estado, depois quer uma espécie de “Estado-papá” para pagar os negócios de toda a gente.”
Cotrim de Figueiredo acusou o BE de ter “zero propostas sobre crescimento económico”, caracterizando o Bloco como um “bloqueio de esquerda” que “bloqueia o futuro”. Ao que Catarina Martins discorda, “a IL não tem nenhuma ideia que permita alguém fazer aqui vida” e conclui afirmando que “nós não desistimos do nosso país”.
Melissa Lima