O jornal “A Voz de Trás-os-Montes” promoveu, ontem, pelas 18 horas, um debate com os candidatos à Câmara Municipal de Vila Real, em direto, na página do Facebook. No debate, os candidatos apresentaram e discutiram as suas ideias e propostas.
O anúncio foi divulgado nas redes sociais do jornal, nomeadamente, no Facebook, LinkedIn e Twitter. No debate, estiveram presentes os cinco candidatos à Câmara Municipal de Vila Real, Rui Santos (PS), Luís Tão (Coligação “Vila Real à Frente” – PSD/CDS/Aliança), Alexandre Coelho (CDU), Luís Santos (BE) e Sérgio Ramos (Chega).
No que diz respeito à demografia, Sérgio Ramos admite que só criando empregos bem remunerados é que é possível fixar a população. Luís Tão entende que é “pela atração de empresas e criação de emprego” que a população se pode manter e, posteriormente, aumentar. O candidato do BE defende que “as pessoas instalam-se e fixam-se onde se sentem bem e têm oportunidades” e salienta ainda a importância da sociedade, do desporto, da cultura, da saúde e da educação. Rui Santos garante que “temos tentado combater o problema da demografia, criando emprego e qualidade de vida”, mas afirma que os nascimentos também são precisos. O candidato do CDU refere que, para além da “recuperação das freguesias”, são necessários “incentivos à fixação da própria população”.
Em relação à habitação, o candidato da coligação “Vila Real à Frente” (PSD/CDS/Aliança) reforça a importância de recriar um programa de aquisição e de “alargar o apoio às famílias da classe média”. Para Luís Santos a “recuperação de casas devolutas em espaços rurais e em espaços urbanos” pode ser uma solução. O candidato do PS fala sobre o “programa de apoio ao arrendamento”, a “estratégia local de habitação” e ainda refere que, juntamente com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), vão ser construídos 300 quartos, usufruindo das infraestruturas do CIFOP e de Codessais. Alexandre Coelho tem como intuito “devolver a cidade aos vila-realenses e não estarmos aqui reféns de grandes lucros económicos” e ainda dar apoio às freguesias. O candidato do Chega afirma que teria que existir “uma estratégia entre a autarquia”, para os preços serem controlados, e que outro meio poderia ser ir “para os arredores da cidade e para as aldeias”.
Sobre os transportes públicos gratuitos, o candidato do BE afirma que isso pode “alterar o paradigma da cidade”, porém, “tem que haver transportes públicos melhores”. O candidato do CDU pensa que “havendo possibilidade, seria o ideal”. Luís Tão acredita que o transporte público “vai ser gratuito em Vila Real, mais tarde ou mais cedo” e que a mobilidade tem que ser integrada. Por outro lado, Rui Santos defende que “não é possível, ao mesmo tempo, aumentar a despesa, reduzir a receita e prestar mais serviços”. Sérgio Ramos revela que “devemos ter o melhor salário, para que possamos pagar aquilo que são os nossos transportes”.
Acerca da loja do cidadão, todos os candidatos são da opinião que este espaço é necessário para a cidade. Rui Santos, como atual presidente da Câmara Municipal de Vila Real, assegura que “estão a ser desenvolvidas as obras” e que o edifício pode trazer mais animação para o centro histórico. Tanto Alexandre Coelho como Sérgio Ramos defendem que a loja do cidadão deveria existir já há muito tempo. Já, Luís Tão não entende “por que razão ainda não está a funcionar”. Por último, Luís Santos reforça que “seria bom que também fosse aplicado pelas freguesias rurais”.
Temas como a requalificação da Avenida Carvalho Araújo, as alterações ao trânsito, o projeto da ponte pedonal, que liga Vila Velha a Meia Laranja, e os apoios ao associativismo foram também discutidos. O debate terminou com os candidatos a proferirem mensagens e a apelarem ao voto à população vila-realense.
As eleições autárquicas estão marcadas para o dia 26 de setembro.
Marta Afonso