Renovação do estado de emergência até 16 de março

Renovação do estado de emergência até 16 de março

O Parlamento aprovou, esta quinta-feira, o novo estado de emergência que irá prolongar-se até dia 16 de março. O Governo foi alvo de críticas mesmo por partidos que se juntaram ao PS para aprovar o decreto.

A 12º renovação do estado de emergência contou com os votos a favor do PS, PSD, CDS, PAN e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues. Apesar dos votos a favor, foram feitas algumas críticas pelos partidos em relação ao desconfinamento. Todos os partidos afirmaram que, apesar de não ser tempo de baixar restrições e ser necessário salvar vidas, o Governo deve preparar planos rigorosos e graduais de desconfinamento. O Bloco de Esquerda absteve-se na votação e criticou novamente a falta de um plano de recuperação da atividade económica.

Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, em resposta no final do debate, referiu: “Aspiramos à reativação das atividades económicas, mas temos de mobilizar os esforços para que nos permita, sustentadamente, com solidez, o mais rapidamente possível iniciar essa reativação de atividades”.

O PCP, os Verdes, o Chega, a Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira mantiveram o voto contra. O PCP afirma que o estado de emergência deve ser uma exceção e “não pode ser solução”. João Oliveira referiu que é necessário “travar a pobreza, a fome, o desespero e o descalabro económico e social”, que ameaça o futuro do país. O líder do Chega cita uma frase de Passos Coelho sobre “o que é gerir um país em tempos de crise”: “Não se põe um país a pão e água por mera precaução, deve-se fazê-lo por patriotismo”. Mariana Silva, d`Os Verdes, afirma que “o estado de emergência não serviu para garantir as medidas que tinham de ser tomadas até agora e não tem utilidade para o que é preciso fazer no futuro imediato”.

Por parte da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo atacou a ministra da Saúde por não recorrer ao setor privado para combater a pandemia. Joacine Katar Moreira referiu a “banalização da violência” e o “incitamento ao ódio por partidos com representação parlamentar”.

Vera Lopes