Do Norte ao Algarve, do religioso ao profano, Portugal sempre foi um país cheio de costumes e tradições, que fazem com que a nossa nação tenha uma cultura tão característica. Desde sempre, as gerações têm tentado que estas tradições não se percam no tempo, no entanto, cada vez mais tem-se assistido a um desinteresse por parte dos mais jovens, por preservar aquilo que é nosso e que é tão típico português.
Cada vez mais tem-se vindo a observar o crescimento de uma “Aldeia Global”, em que a cultura de outros países se vai entronizando no nosso país e, os mais jovens, que não se empenham em manter aquilo que é nosso, acabam por se interessar por outras tradições, esquecendo as portuguesas. Não censuro quem o faça, até porque na era em que vivemos, é normal que os costumes se vão adaptando, dado que existe uma grande quantidade de informação a que vamos sendo sujeitos, dia após dia, com novas ideias, novos costumes, novas tradições. No entanto, não compreendo o desinteresse dos mais novos e, muitas vezes, até dos mais velhos. Temos de honrar a nossa cultura!
Tenho pena de que muitas tradições se estejam a perder e que um dia não seja possível recuperá-las: o nosso folclore, as nossas lendas, os nossos costumes, as nossas festas e, sobretudo, a nossa identidade. É de louvar o trabalho de muitos que as vão mantendo vivas, através de grupos e ações de preservação do nosso património. Não podemos ser indiferentes a este problema: é urgente salvar a nossa cultura e isso só depende de cada um de nós, e da vontade de preservar o nosso património.
Jovens, não deixem que tudo isto se perca, pesquisem, investiguem, falem com os mais velhos, tentem descobrir um Portugal que não conhecem, e vamos fazer com que este país “à beira mar plantado” não perca a sua alma!
Marcos Vilaça