Teletrabalho: Será este o método mais eficaz?

Teletrabalho: Será este o método mais eficaz?

Teletrabalho, benéfico para uns, sinónimo de desgaste psicológico para outros. Nos dias que correm tem-se tornado bastante comum, assumindo-se como uma nova realidade no mundo inteiro. Vivemos tempos difíceis, e esta nova forma de trabalhar assume gradualmente um papel preponderante.

O teletrabalho apresenta naturalmente um conjunto de vantagens e desvantagens. A maior dificuldade passa pelo facto de termos de nos adaptar e conciliar o local de trabalho e de lazer em um só. Quando pais, filhos e por vezes avós estão em confinamento, lidar com cinco ou mais pessoas 24h sob 24h, com trabalho, telescola e educação das crianças, pode tornar-se esgotante.

 O tempo ganho para proveito próprio, as maiores horas de sono, o tempo poupado pela redução da necessidade de deslocações, as facilidades da lida da casa, entre outros; apresentam-se como os principais benefícios do teletrabalho. Posto isto, o trabalho a partir de casa permite acima de tudo otimizar o nosso tempo.

Na primeira fase da pandemia, o confinamento e o teletrabalho foram a grande arma do Governo para conter a propagação dos contágios. Por um lado, permitiu eliminar o fator de risco associado à deslocação diária de milhares de trabalhadores para o local de trabalho em horas de ponta, retirando-os também das empresas e do contacto próximo com colegas; por outro, permitiu que alguns setores da economia continuassem a funcionar.

Entre o final do primeiro trimestre e o início do segundo estiveram em teletrabalho 1.094 milhões de profissionais. Um número que diminui com o desconfinamento iniciado em junho, mas não substancialmente. Só 412.2 mil portugueses regressaram ao trabalho presencial no final do terceiro trimestre do ano, cumprindo as novas regras de desfasamento de horários. Assim sendo, 681.9 mil dos mais de um milhão que tinham estado em trabalho remoto durante o confinamento continuaram em casa, esclarecem os últimos indicadores disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em suma, esta pandemia veio evidenciar que o ser humano tem capacidade para se adaptar e potenciar o desenvolvimento tecnológico. O teletrabalho é hoje adotado por pequenas, médias e grandes empresas, devido ao baixo custo e fácil implementação de soluções. Isto não quer dizer que seja sempre vantajoso que uma quantidade de pessoas esteja permanentemente em teletrabalho. A chave passa por alternar o trabalho presencial com o teletrabalho.

Temos que ter noção que a resolução deste problema começa e termina em nós, e por isso mesmo, cabe-nos adaptar à nova realidade e fazer sempre o melhor que podemos e conseguimos. O teletrabalho veio para ficar.

Filipa Soares