Não é de todo o tema com que pensava iniciar o meu percurso na crítica, no entanto a necessidade de manifestar uma opinião sobre o assunto que tem vindo a preocupar a população mundial sobrepôs-se às minhas vontades.
Tal como o título indica, o artigo refere-se ao novo vírus que tem vindo a causar o pânico em Portugal desde o passado domingo.
Após dois meses desde o primeiro relato da presença de um novo vírus na população oriental, o mundo continua desinformado relativamente à doença e com tendência a criar teorias e mitos que apenas instalam o pânico nas pessoas.
O meu objetivo não é focar nos sintomas que pode manifestar ou referir as 10 melhores maneiras de se prevenir do coavid-19, mas sim da desinformação e das fake news que causam o histerismo e ignorância nas pessoas.
E isto deve-se a quê? À falta de pesquisa e leitura sobre o assunto e às notícias falsas que inúmeros meios de comunicação insistem em divulgar com o único objetivo de aumentar o número de subscritores. A maioria da população não tem conhecimento que se trata de uma infeção respiratória que pode ser semelhante a uma gripe comum ou, num caso mais grave, a uma pneumonia.
Algo que a população deve entender é que a sua preocupação deve centrar-se não na doença, mas sim no que pode fazer para acabar com a mesma. Passo a explicar. O coronavírus não é preocupante como doença, mas sim como manifestante, a doença pode ser muitas vezes associada aos sintomas de uma gripe de inverno que conseguimos curar com alguns comprimidos acompanhados de chá quente. O que é preocupante relativamente ao vírus é a sua difusão instantânea que leva à falta de comprimidos assim como de profissionais.
Claro que é importante ter em conta que nem todos conseguimos curar a infeção dessa mesma forma, sendo que pessoas com o sistema imunitário mais frágil, como idosos ou indivíduos com doenças anteriores, provavelmente necessitaram de cuidados hospitalares mais reforçados do que um jovem saudável de 20 anos, no entanto não é o mesmo com todas as outras doenças?
A ignorância sobre o assunto apenas cria mais dificuldades em resolver o problema e causa histerismo entre as diferentes sociedades, o que faz com que seja difícil de encontrar uma solução para esta epidemia.
Para apoiar o meu pequeno argumento, recorro a um artigo do The New York Times que aborda uma das perguntas mais colocadas nas últimas semanas, sobre quão preocupados devemos estar relativamente ao novo vírus. O autor termina o artigo abordando que no mês de dezembro sentiu sintomas semelhantes ao coronavírus, na altura os médicos pensaram que não passaria de uma pneumonia, ao qual foi recomendado permanecer em quarentena recorrendo a meia dúzia de medicamentos por algumas semanas. Não são necessários secadores de mãos ou copos cheios de bagaço para curar o vírus. Se queremos justificação para uma bebedeira de sábado não devemos criar o caos para a justificar.
A partir daqui, apelo apenas que utilizem as redes sociais e todos os meios acessíveis para se informarem relativamente ao vírus e vão perceber que todas as teorias servem apenas como entretenimento.
A única doença grave que o coronavírus criou foi o racismo aplicado à população asiática nos últimos dois meses, mas esse é outro assunto a abordar mais tarde.
Eduarda Barros