Vila Real 3-2 Vilar de Perdizes (após prolongamento): Uma cidade, dois clubes e apenas um lugar na final

Vila Real 3-2 Vilar de Perdizes (após prolongamento): Uma cidade, dois clubes e apenas um lugar na final

Este domingo, a 3.ª eliminatória da Taça de Vila Real colocou frente-a-frente Vila Real e Vilar de Perdizes, pelas 14h30, no Complexo Desportivo Monte da Forca.

Era esperado um jogo equilibrado, tendo em conta a qualidade das equipas em campo, contudo, muito cedo, Rui Sampaio (após assistência de Diogo Paixão) inaugura o marcador, ainda no primeiro minuto de jogo, fruto de uma distração defensiva que se veio a repetir minutos mais tarde.

Os alvinegros dominavam o jogo e passados apenas sete minutos, a dupla que colocara o Bila na frente volta a fazer estragos, desta vez com passe de Rui Sampaio e o simples “encosto” de Diogo Paixão que acaba por cair e receber assistência médica, após choque com o defesa segundos antes do seu golo.

Com o seguir do jogo, a equipa caseira não sentia o resultado ameaçado sendo que Vilar de Perdizes quase não criou qualquer lance de perigo na primeira parte. Perante a situação de desvantagem Tony lança a jogo no minuto 34, Edu Alves e Bruno Madeira para o lugar de Rafa e Leonel Fernandes, numa tentativa de alterar a corrente que o jogo levava.

Ao intervalo Vilar de Perdizes volta a refrescar o onze, desta vez com a entrada de Pedro Parente para o lugar de Jonas.

A segunda parte inicia-se com uma atitude extremamente ofensiva por parte da equipa visitante, criando situações de perigo através da pressão alta e do jogo pelas linhas. O jogo previa-se algo preocupante para a equipa de Patrick Canto que vê a situação a escurecer aos 67 minutos com a saída forçada de Diogo Paixão que após várias intervenções médicas não consegue seguir jogo e vê-se obrigado a sair das quatro linhas devido a lesão, dando o lugar a Fellipe Veloso.

Vilar de Perdizes crescia aos olhos de todos no jogo e numa partida onde na primeira parte se assistiu a um domínio alvinegro, na segunda parte encontrávamos já uma equipa com várias dificuldades em encontrar o caminho para as malhas defendidas por Jonathan Dias.

João Padi (69 minutos) e Zé Pedro (aos 71) conseguem ainda ameaçar a baliza da equipa visitante, mas sem sucesso. Ao minuto 72, Tony volta a mexer na equipa com a troca de Miguel Sousa por Diogo Kubota e é no minuto seguinte que, na sequência de uma assistência milimétrica de Fábio Pais, Bruno Madeira reduz para 2-1 a desvantagem.

Patrick não gostava do que via e investe em Dioguinho no lugar de João Padi, contudo é a equipa visitante que faz mexer de novo as redes, onde na sequência de um canto Bede Opara restaura a igualdade no marcador. A equipa caseira perante o empate procura reaver a frente no marcador e assim aos 85 minutos André Sampaio salta do banco para o lugar de Tiago Mourão. Num jogo de extremo contacto físico e muito tenso Iancu Ioan Vasilica não tem opção se não “amarelar” Fábio Pais (aos 88) e Pedro Costa (aos 90).

Terminado o tempo regulamentar com a igualdade entre as formações inicia-se o prolongamento, praticamente da mesma maneira que acabaram os 90 minutos, com ambas equipas muito faltosas, onde o árbitro é obrigado a levantar de novo a cartolina amarela para Pedro Parente e Zé Diogo aos 101 minutos após desentendimentos entre ambos.

Aos 106 minutos é feita a última substituição da partida, Zé Diogo dá o lugar a Eduardo. Poucos minutos depois, a equipa orientada por Tony reclama de uma bola na mão na área da equipa caseira, mas o árbitro manda seguir jogo. É apenas ao minuto 115 que é reposta a vantagem dos “Lobos do Marão” por intermédio de Dioguinho, o jogador entrado ao minuto 82 justifica a aposta de Patrick Canto com um golo digno de se tirar um chapéu sem qualquer chance de defesa para o guarda redes brasileiro. Vila Real sofre em casa, mas após cinco minutos de tortura e mais dois amarelos (Rui Sampaio aos 119 e Eduardo Pereira aos 120) assegura o seu lugar nas meias finais da Taça.

Tony, treinador do Vilar de Perdizes após vários elogios a Patrick e ao seu plantel reflete o orgulho da prestação da sua equipa. “Custa perder” afirmou perante as lágrimas de vários jogadores, contudo avisa que o foco é levantar a cabeça e continuar a luta no campeonato. Já Patrick elogia a ambição e garra do plantel visitante e lamenta a falta de concretização do Bila que podia “ter marcado mais na primeira parte”, perante a passagem à próxima prova da competição assume o objetivo de conquista da mesma sendo que “num clube como o Vila Real ganhar é sempre obrigação”.

Por sua vez o Abambres conseguiu também assegurar o seu lugar na próxima fase da competição após deslocação ao Campo João de Oliveira e vitória sobre o Vidago por 2-4.

A equipa visitante alcança assim o objetivo e cedo revelou as suas intenções no jogo, sendo que já no intervalo o resultado apontava 0-2 a favor dos mesmos, a segunda parte fica marcada pela chuva de golos que ditou o resultado final da partida (2-4) e a consequente vaga nas meias finais para o Abambres.

Vila Real e Abambres medirão forças e lutarão pelo lugar na final, estando a 1.ª mão do confronto marcada para dia 3 de março (terça-feira de Carnaval) no Campo D. Maria de Lurdes do Amaral.

Luís Câmara

Fotografia: O Torgador (André Cardoso)