O uso de animais em experiências científicas sempre foi uma realidade. Embora, atualmente, estas ações sejam mais controladas e punidas, não deixaram de existir.
No último sábado foi noticiado o uso de macacos num estudo científico financiado pela BMW, Daimler e Volkswagen. Dez macacos foram sujeitos à inalação de gases tóxicos de motores a diesel de automóveis. Associada à crítica do aproveitamento dos animais surge também a denúncia da manipulação dos valores da poluição emitida. Sujeitam-se os macacos ao sofrimento e a sequelas irreversíveis e, no final, os testes tornam-se inúteis. Sendo os resultados alterados e divulgados com os níveis de poluição que os próprios desejam, as experiências não passam de aparências. É o que acontece na maior parte dos casos. Animais de várias espécies são explorados com o intuito de provar a qualidade dos produtos, no entanto, nem sempre os resultados publicados são verdadeiros.
A cosmética é outro dos serviços que recorre a estes métodos. São diversas as polémicas e manifestações contra o abuso dos animais. Mas esta luta ainda está longe de terminar. Enquanto o consumismo falar mais alto e se sobrepuser à humanidade, vão haver sempre atitudes como estas. Enquanto for mais importante cuidar dos bens materiais do que dos seres vivos, nada irá mudar. É esta a sociedade para que estamos a caminhar. Onde o dinheiro é o centro das ações. E onde não importa que meios se usam para atingir os fins. É preciso mudar. É urgente mudar. Quando acabarão estas atitudes? Quando o homem conseguir destruir tudo? Talvez não devêssemos ficar de braços cruzados a ver a humanidade ser perdida.
Cada vez mais as pessoas ficam sensibilizadas com campanhas e notícias que vão surgindo sobre a prática dos testes científicos. Mas é preciso mais. Se cada um de nós tentar ajudar em vez de ficar a assistir, as mudanças serão sentidas. Vale sempre a pena lutar pelo bem.
Alexandra Fonseca