O Club está vivo

Após longos meses de espera e várias controvérsias pelo caminho, a cidade de Vila Real volta a ter uma das casas mais aclamadas do universo alternativo, apta para todos os apreciadores de música no seu esplendor.

Sem nunca se prender a um género específico, o Club habituou-nos a uma diversidade musical inigualável na região de Trás-os-Montes. A sua ausência foi notória e ressentida nas redes sociais, através de várias publicações em tom protestante e caloroso, como também fora do ecrã por todos aqueles que procuram um cenário diferente ao longo da semana, um lugar onde pudessem retirar o peso da rotina e envolver-se na atmosfera que este sítio consegue criar dentro de cada um.

O Club reabriu portas ontem, dia 20 de janeiro com DJ set por parte de Ticks, Estevão F. e Levi Cotton. Não ficando por aqui, o cartaz para as próximas duas semanas também foi revelado e espera-se um grande ambiente nos dias que se seguem.

Dia 27 de janeiro há FUGA: Marco Coelho em b2b com João Carvalho num cenário de música eletrónica “dançável” para todos os ouvintes do género.

Dia 3 de fevereiro, o Circuito Super Nova chega a Vila Real com nomes que já conquistaram o seu estatuto por essa estrada fora.

Whales (22h00), leirienses que já passaram por palcos como Nos Alive, Indie Music Fest e Bons Sons, deliciam-nos com um Indie eletrónico que nos entra no ouvido de forma calma e melódica.

10 000 Russos (23h00) no seu cenário post punk, feroz, destemido e com um ímpeto estonteante apresentam-nos o seu último álbum lançado em abril do ano transato, “Distress, Distress“, com apenas 6 músicas, mas mais do que suficientes para criarem uma viagem pelo lado negro, distópico, mas extremamente pessoal deste grupo que foi arrecadando elogios de todo o mundo e enquadrando imensas listas de álbuns do ano.

Throes + The Shine (00h00), com a sua energia que nos impossibilita de não dançar e nos envolve numa fusão entre Kuduro e Rock que, por mais estranho que pareça, quando reparamos já estamos em completa fusão com a banda, mexendo-nos à mercê do seu ritmo.

Preparem-se para este fenómeno Super Nova.

Ainda, dia 5 de fevereiro, Chris Brokaw, ele mesmo que já fez parte de bandas como “Come” e “Codeine” e já participou a solo no famoso “Live on KEXP”, vem de Nova Iorque para nos apresentar a solo o seu Post-Rock melancólico que certamente proporcionará um ótimo serão a todos os presentes.

Há música para dar e vender neste retorno tão aguardado do Club ao ativo. Esperam-se dias de muita festa, diversão e sobretudo da disponibilidade do público fazer jus à casa.

José Pedro Carvalho