Cristas. Não, não estamos a falar da atual Presidente do CDS-PP… e ainda bem! Estamos a falar de Vila Real e da sua doçura.
As Cristas de Galo (inicialmente designadas como pastéis de toucinho do céu) nasceram no extinto convento de Santa Clara, em Vila Real, e são assim denominadas de “Cristas” pela sua forma. O seu interior é recheado com doce de ovos, e a cobertura externa é feita de massa com base de farinha.
Ao entrar na famosa “Pastelaria Gomes” é fácil ficar fascinado com a sua fisionomia por detrás do vidro. Num primeiro olhar, as cristas parecem-se com algo doce, mas apetecível, simples, mas complexo no sabor, parece que ao testar é impossível não apreciar.
Mas, nem tudo é o que parece, como já dizia o ditado! A realidade é que gostos são discutíveis e que, por muito mais que o meu gosto seja inerente às cristas, um facto é que são o doce mais vendido na terra transmontana e é impossível visitar Vila Real e não parar para levar uma crista.
A massa é a junção com o doce de ovos. Apreciadores afirmam que pelo facto de a massa ser tão simples (constituída na maioritariamente parte por farinha) em contraste com a doçura e “melosidade” do doce de ovos, faz com que o sabor se torne completamente diferente a cada dentada e mais familiar a cada uma ingerida.
Na vertente dos não apreciadores, o pior é o recheio ser demasiado doce e cremoso. Chega uma altura em que uma dentada é suficiente e uma pessoa deixa completamente cheia, só com uma dentada.
É um típico doce que ou se adora ou se detesta, no entanto, marca-te… tal como a presidente do CDS-PP! Que deixa os dias ou noites de Vila Real mais quentinhas, mesmo que nem sequer aprecies comê-las. O mais importante é que Vila Real transborda cultura, transborda doçura e transborda diferença. E, se não é tudo o que se pode provar numa crista?
Vera Fernandes