Numa noite, aparentemente normal, um grupo de trabalhadores apercebe-se de que estão a ser roubados pela própria administração da fábrica. Depressa assumem que em breve serão vítimas de uma demissão maciça. Subitamente, a administração desaparece e a fábrica fica quase vazia, deixando o grupo envolvido num mundo que parece desmoronar-se à sua volta.
Esta é a base do filme de Pedro Pinho, um musical repleto de drama, que leva os habitantes de Vila Real a reservar o dia 23 de janeiro nas suas agendas. Às 21h30, o Pequeno Auditório será o ponto de encontro para todos os que pretendem assistir a este sucesso.
O filme, embora assinado por Pedro Pinho, conta também com a colaboração de Luísa Homem, Leonor Noivo e Tiago Hespanha. Tendo-se estreado em Portugal a 21 de setembro de 2017 é já possuidor do prémio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, e considerado por muitos críticos o melhor de todas as secções do Festival de Cinema de Cannes.
“A Fábrica de Nada” que teve estreia mundial na Quinzena dos Realizadores, permitiu a Pedro Pinho o estatuto de “segundo realizador português a receber o prémio da crítica”, depois de Manoel de Oliveira, em 1997.
Este reconhecimento vindo do estrangeiro torna-se uma mais valia, não só para o realizador a nível pessoal, como também para a visibilidade e divulgação do filme. Sendo Portugal um país tão pequeno e muitas vezes negligenciado pelos “grandes”, prémios como este vêm evidenciar a nossa qualidade e capacidade de produção. Portugal tem assim conseguido momentos de destaque internacionais.
Alexandra Fonseca