“O deputado André Marques, na passada quarta-feira, fez uma intervenção no debate de urgência sobre o estado da saúde na Assembleia da República. Na sua intervenção questionou o Ministro da Saúde, expressando preocupações acerca da eficácia e o risco de ingerência que a recente proposta da ULS de Trás – Os – Montes e Alto Douro acarreta, fruto da sua desproporcional dimensão. Relembrou ainda que é um erro não criar uma ULS no Alto Tâmega e Barroso, recomendação essa já aprovada em Assembleia da República levada a cabo pelo PSD. Neste sentido faz um apelo para que seja calibrada a proposta de Unidade Local de Saúde com uma lógica de maior coesão social e territorial.
No seu discurso, André Marques expressou ainda discordância com a afirmação do Ministro da Saúde de que as urgências dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) estão “longe de uma situação de colapso”. O deputado argumentou que a realidade vivida pelos portugueses, utentes e profissionais de saúde contradiz essa avaliação, apontando para o caos nos corredores das urgências e a insuficiência da capacidade de internamento.
Particularmente crítico, apontou na sua intervenção o exemplo do encerramento e desvitalização progressiva da Urgência Pediátrica em Chaves. Que não pode ser desvalorizada.
André Marques expressou descontentamento e sérias dúvidas com a abordagem do governo, alegando que este se escuda na criação das Unidades Locais de Saúde (ULSs) como uma solução que tudo resolverá. Referindo ainda que o PSD não é contrário ao modelo de ULS, desde que não seja efetuada de forma apressada e com um registo de imposição. Apontou ainda que a falta de consideração pelos autarcas no desenho da proposta de ULSs, que em simultâneo contam com processo de delegação de competências na área da saúde, é uma reforma que revela unilateralidade e pouca envolvência. O deputado destacou a falta de diálogo com as populações locais e profissionais do SNS, alertando que é necessária uma abordagem mais equilibrada e inclusiva.
Por fim, André Marques fez um apelo ao Ministro da Saúde para reavaliar e ajustar as medidas propostas, envolvendo os partidos da oposição, representantes das populações locais e profissionais do SNS no processo de decisão. O deputado argumentou que essa abordagem mais colaborativa seria essencial para fortalecer o sistema de saúde do país.”
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