Os deputados do PCP, na Assembleia da República, questionaram o Ministério da Cultura sobre o processo de salvaguarda do Património Imaterial do Barro Preto de Bisalhães. Os políticos do partido comunista levantaram dúvidas relativamente a este processo considerando que não está “definida nem desenvolvida nenhuma estratégia de promoção e consumo para a sua defesa e salvaguarda”. Os deputados consideram ainda que há um “abandono total por parte do poder político, não se promovendo ações de divulgação e de formação“.
António Filipe, deputado do grupo parlamentar do PCP, refere ainda que não foram melhorados os acessos e as condições na aldeia de Bisalhães, afirmando que os stands de venda “estão em condições precárias”, onde questionou o Ministério da Cultura sobre o processo.
O deputado diz que o Ministério da Cultura já respondeu remetendo as responsabilidades para a autarquia, no entanto, o parlamentar António Filipe considera que tem de haver uma conjugação de esforços das duas entidades.
O PCP espera que sejam cumpridas todas as sugestões da UNESCO para que a atividade do Barro Preto de Bisalhães não se extinga.
Edgar Bernardo, bolseiro do Projeto DouroTur da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), investigou o Barro Preto de Bisalhães e concluiu que, apesar de este ser património cultural imaterial da UNESCO desde 2016, “continuam a não existir estratégias adequadas para a promoção e consumo da olaria adaptadas à atividade turística”. Desde a 29 de novembro de 2016 que o Barro Preto de Bisalhães foi incluído na lista da UNESCO de Património Cultural Imaterial, uma candidatura apresentada pelo município de Vila Real.
Maria Faria