Este domingo, ao final da noite, Marcelo Rebelo de Sousa volta a ganhar, pela segunda vez, as eleições a Presidente da República. O professor Marcelo conseguiu mais votos este ano, em relação ao ano de 2016 e parte para o segundo mandato, com mais cinco anos em Belém.
O professor catedrático de Direito conseguiu conquistar o primeiro lugar, em todos os distritos, e atingiu 60,7% dos votos. De seguida, ficou Ana Gomes com 12,97%. Segue-se André Ventura com 11,90%. João Ferreira com 4,32%, Marisa Matias com 3,95%, Tiago Mayan Gonçalves com 3,22% e, no final, Vitorino Silva com 2,94%.
Nestas presidenciais, a abstenção subiu em relação aos outros anos de eleições, sendo de 60,51%. Houve 1,1% de votos brancos e 0,94% de nulos.
No final, Marcelo Rebelo de Sousa falou ao país, a partir da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa: “De coração aberto, sinto-me profundamente honrado e agradecido por essa confiança em condições tão mais difíceis do que as de 2016”. Ainda salientou que, no seu segundo mandato, a sua prioridade será “o combate à pandemia”. Anuncia também que “quem recebe o mandato tem de continuar a ser o presidente de todos e de cada um dos portugueses. Um Presidente próximo, que estabilize, que una e que não seja de uns, os bons, contra os outros, os maus, e não seja um Presidente de fação”.
Ana Gomes, atualmente a mulher com mais votos, em eleições presidenciais, em Portugal, afirmou ter felicitado a reeleição do professor Marcelo: “Já tive ocasião de lhe telefonar e lhe fazer chegar as minhas felicitações e dizer do meu empenho em tudo fazer para que o segundo mandato sirva para ajudar a reforçar a democracia”.
Ventura iniciou o seu discurso a parabenizar o ex-presidente do Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, apelando também ao segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa com “dignidade, respeito pelos portugueses, pelos portugueses de bem”.
João Ferreira, deputado no Parlamento Europeu pelo Partido Comunista Português, afirmou: “Esta candidatura apresentou-se com um objetivo claro: partindo da realidade do país, das suas dificuldades e problemas, das inquietações de milhões de portugueses, afirmar uma visão distintiva sobre o que deve ser o exercício dos poderes do Presidente da República e sobre como é que este pode e deve contribuir para uma mudança de curso na vida nacional que enfrente e supere esses problemas e essas dificuldades”.
A candidata Marisa Matias, eurodeputada pelo Bloco de Esquerda, foi a primeira a discursar: “Dei neste combate o melhor de mim. O resultado não é o que desejava. Mas não é uma falta de comparência. Cá estarei para todas as lutas, para ganhar ou para perder, como fiz sempre e como faz toda a minha gente”.
Tiago Mayan Gonçalves, do partido da Iniciativa Liberal, declarou que “valeu muito a pena sair do sofá” para se ter dedicado à campanha eleitoral, acrescentando que “tomei a decisão certa. Obrigado por terem feito do meu sonho o vosso sonho”.
Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, foi o menos votado. No entanto, mostrou-se feliz por todos os votos que alcançou. Ainda felicitou Marcelo Rebelo de Sousa, convidando-o a visitar a sua freguesia Rans.
Em Portugal, a campanha eleitoral e as eleições ficaram assinalas pela pandemia causada pela COVID-19.
Marta Afonso