Debate do dia 24 de novembro de 2025- João Cotrim Figueiredo e Jorge Pinto

Debate do dia 24 de novembro de 2025- João Cotrim Figueiredo e Jorge Pinto

No passado dia 24 de novembro foi transmitido na RTP, o debate para as presidenciais entre João Cotrim Figueiredo e Jorge Pinto, houve momentos de tensão e acentuadas divergências ideológicas.
Jorge Pinto fez a primeira intervenção, recusando-se a falar sobre a sua possível desistência da corrida a Belém. Ainda sobre desistências, Cotrim denunciou supostas pressões dos apoiantes de Marques Mendes para recuar na candidatura.

A saúde foi o tema que mais discórdia gerou entre os candidatos. “Corrupção legal, moral e técnica” foi a expressão usada por Cotrim Figueiredo para caracterizar a má gestão do SNS. Já Jorge Pinto referiu o serviço como uma “conquista da democracia” a ainda propôs Estados-Gerais da Saúde, ideia esta fortemente criticada pelo adversário.

João Cotrim Figueiredo enalteceu a nova lei laboral, pois permite maior flexibilidade. Já Jorge Pinto discordou comparando mesmo Portugal com um “novo Bangladesh”, com menos direitos e uma situação muito mais precária. O candidato de direita mantém a sua posição sobre atrair investimento para o país, reforçando que a carga fiscal e a sua rigidez são o maior impedimento e torna o país muito menos atrativo para atrair investimento.

Relacionando transição ecológica com crescimento económico, Pinto acredita e defende que ambos podem crescer mutuamente. Cotrim mostrou-se incomodado, acusando mesmo o adversário de incoerente e ainda afirmando que o bem-estar da população está acima de qualquer inovação ambiental.

Os ânimos começaram a aumentar quando Cotrim Figueiredo confrontou Jorge Pinto em relação a possíveis decisões presidenciais. Confrontado com declarações passadas sobre a possibilidade de dissolver a Assembleia da República, consequência de uma revisão constitucional feita apenas pela direita. João Figueiredo assumiu que isso seria um sinal caso não houvesse debate público.

O foco agora virou-se para Marcelo Rebelo de Sousa, onde Jorge Pinto, afirma com certeza que o atual Presidente da República contribuiu para a ascensão da extrema-direita em Portugal. Cotrim afirma, que os eleitores do CHEGA não são um caso perdido e ainda podem conquistados com uma visão mais liberal do que as deste partido.

Em suma, este debate tornou ainda mais evidente as distinções ideológicas de ambos. Cotrim defende um Presidente menos interventivo e mais liberal e Pinto mais participativo, com grande foco no Serviço Nacional de Saúde.

Afonso Calvário