No palco habitual de noites europeias, o Estádio da Luz, o Benfica recebeu o Bayer
Leverkusen para mais uma jornada da fase de grupos da UEFA Champions League,
onde procurava a sua primeira vitória da época na competição.
Mourinho manteve-se fiel ao seu estilo e praticamente não alterou o onze inicial. Fez
apenas uma mudança em relação ao triunfo em Guimarães: Leandro Barreiro entrou
para o lugar de Prestianni. A ideia passava por fortalecer o meio-campo num encontro
determinante para as metas europeias do Benfica.
Desde cedo ficou claro que as águias iam jogar para ganhar. A equipa dominou
território, posse de bola e oportunidades. A primeira parte foi marcada por uma clara
superioridade do Benfica em criar ocasiões, com Lukebakio em destaque.
O extremo belga esteve muito perto de marcar, num lance em que a bola acabou por
tocar na trave (11’). Destaque também para Flekken, guarda-redes do Leverkusen, que
travou varias tentativas de golo dos encarnados.
Embora os alemães tivessem mais posse de bola, foi o Benfica que criou as melhores
oportunidades na primeira parte. No entanto, acabou por se confirmar na Luz a velha
máxima do futebol: quem não marca, acaba por sofrer.
Na segunda parte, Flekken voltou a brilhar, desta vez ao defender um remate perigoso
de Pavlidis (47’). Momentos depois, o Benfica pediu grande penalidade sobre Leandro
Barreiro. O lance gerou muitas dúvidas, mas o árbitro mandou seguir.
Na procura de dar uma nova dinâmica ao jogo, Kasper Hjulmand decidiu apostar no
ataque com a entrada de Tillman e Schick em jogo.
Ao minuto 65’ veio o golpe: Patrik Schick, de cabeça, fez o único golo do jogo. A jogada
partiu de uma bola defendida pelo guardião do Benfica, mas em que o defesa Samuel
Dahl cometeu um erro ao cabecear de volta para o ataque, permitindo a Schick finalizar.
Mourinho reagiu com uma tripla substituição, mas o Benfica não voltou a encontrar o
seu ritmo. Assim, com a quarta derrota em quatro jornadas da Liga dos Campeões o
futuro europeu da equipa encontra-se cada vez mais em risco.
Para os benfiquistas, a noite deixa tanto frustrações como lições. Se por um lado a
equipa mostrou vontade e intensidade, por outro lado ficou a faltar eficácia.
Do lado alemão, fica a prova de que basta uma oportunidade bem aproveitada para
fazer a diferença.
Homem do jogo
Ibrahim Maza
O jovem de 19 anos controlou o ritmo da partida, mostrou grande qualidade técnica e
teve um papel decisivo na construção ofensiva do Leverkusen. Destacou-se pela
criatividade, com passes que quebraram a defesa do Benfica, além de exibir
maturidade e inteligência tática num jogo equilibrado e exigente. Mesmo sem marcar,
foi essencial para a vitória 1-0, sendo considerado o melhor em campo.
Texto: Matilde Chantre
Imagem: @slbenfica
