Foi em 1976 que Brian de Palma levou ao grande ecrã uma das obras mais icónicas de Stephen King, “Carrie”.
Neste, acompanhamos uma jovem tímida e ostracizada, Carrie White (Sissy Spacek), controlada pela sua mãe religiosa, Margaret White (Piper Laurie). No entanto, por trás desta fragilidade, esconde um grande poder, a telecinese.
Mas mais do que sustos, este filme faz um retrato doloroso da adolescência, marcada pela rejeição e pelo medo. Também é uma crítica à opressão feminina, sobre o corpo da mulher como tabu.
O trabalho de Brian de Palma é incrível, recorrendo ao slow-motion e à música para criar o ambiente perfeito – especialmente na cena icónica do baile.
Assim, Carrie tornou-se um clássico do terror, sendo nomeado para dois Óscares. E que quase meio século depois, continua atual.
Matilde Moura