Taça de Portugal: Braga vence, mas Bragança deixa marca de luta e de Orgulho

Taça de Portugal: Braga vence, mas Bragança deixa marca de luta e de Orgulho

Realizou-se neste sábado, às 15:15 o jogo a contar para os 32avos da Taça de Portugal.  

O encontro pôs frente a frente duas equipas que vinham de momentos diferentes. De um lado o Grupo Desportivo de Bragança, que vinha de uma derrota amarga no Derbi, com o SC Mirandela a contar para o Campeonato de Portugal, do outro, o Sporting Clube de Braga, uma equipa de Primeira Liga, que se apresenta após um empate frente ao Sporting Clube de Portugal e ainda invicto fora de casa.

André Irulegui apresentou-se em jogo, com uma linha de cinco defesas, dois médios e três avançados, coincidindo com a de Carlos Vicens que apresentou a mesma formação.

Na primeira parte, presenciamos um Braga dominante, com uma aposta grande na posse de bola, mas sem muita criatividade nem muitas oportunidades, muito do mérito do Bragança que com um bloco sólido e fechado conseguiu anular os “minhotos”.  

Os “Arsenalistas” mantiveram o estilo de jogo que nos vêm habituando durante a época atual, com uma forte aposta nos cruzamentos para a área, que devido ao jogo pouco inspirado de El Ouazzani e de Pau Víctor criaram pouco perigo para a baliza de João Júnior. As únicas oportunidades de perigo surgiram dos pés de Dorgeles e Sandro Vidigal que, por vezes, simulavam o cruzamento e optavam por rematar em direção à baliza.    

Já a equipa da casa apostava muito nas transições de jogo e bolas longas para o Carlos Ferreira, ponta de lança dos canarinhos, que iam mostrando debilidades na linha defensiva do Braga que causou motivos de nervosismo para Carlos Vicens.  

A primeiro parte mostrou se bastante monótona, e com muito poucas oportunidades, sendo a melhor delas para o Braga, quando Gorby, a partir do meio-campo, acha Dorgeles com um excelente passe e, este, com um movimento da linha para o meio remata para uma excelente intervenção de João Júnior (27´). Já por parte do Bragança não houve oportunidades concretas de golo, tendo o primeiro canto quase à meia hora de jogo.

O único cartão amarelo da partida foi mostrado ao número 13, Capelo (39´).

Descontente com a primeira parte Carlos Vicens, apresentou uma nova equipa para a segunda parte, trocando a formação para um 4-4-2. No entanto, estas mudanças não causaram os efeitos esperados e a segunda parte tornou-se um espelho da primeira, ganhando um pouco mais de intensidade para cima dos 70 minutos, com o único golo da partida a surgir ao minuto 84, enquanto a equipa do Bragança, encontrava-se desorganizado, pois recuperava de uma transição, e Ricardo Horta através do corredor central faz  uma excelente combinação com Leonardo Lelo e Fran Navarro que acaba por amortecer a bola para um excelente remate de Horta no canto inferior direito, desbloqueando assim o marcador.

Aos 90+2 o Árbitro Sérgio Guelho é obrigado a mostrar um cartão vermelho a Passas após uma entrada dura sobre Fran Navarro.

O Braga passa assim para a próxima fase da Prova Rainha, ficando o Bragança para trás.

Já na conferência de imprensa após o jogo, André Irulegui expressou um sabor agridoce pelo desfecho da partida. Manifestou-se muito contente com a equipa, que, segundo ele, manteve-se fiel ao plano de jogo durante os 90 minutos, o que mostrou disciplina e determinação. No entanto, não escondeu a tristeza pelo golo sofrido já perto do final, que acabou por ditar a eliminação na Taça de Portugal. O treinador deixou claro que a prioridade agora é o Campeonato de Portugal, assume ser o principal foco da equipa.

Carlos Vicens descreveu o jogo como “um jogo peculiar”, reconhecendo que a equipa não esteve ao seu melhor nível. Admitiu que será necessário um esforço muito maior nos próximos desafios para corresponder às expectativas. Apesar das dificuldades, valorizou a vitória e frisou a importância de aprender com este tipo de jogos para crescer e melhorar.  

No fim, venceu o Braga, mas ficou o brilho da coragem do Bragança, que não se entregou e honrou o jogo até ao último segundo

 TEXTO : Ana Linhares e Paulo Ribeiro

IMAGENS: Ana Linhares