Realizou-se neste sábado, às 19:45 o jogo a contar para a terceira jornada da qualificação europeia para o mundial 2026.
O encontro punha em confronto duas equipas que vinham em momentos diferentes, nos jogos realizados na pausa internacional de setembro. De um lado, Portugal só encontrou o sabor da vitória, nos jogos frente à Arménia e Hungria, do outro, a Irlanda ainda não conseguiu nenhuma vez os três pontos, tendo um empate, frente à Hungria e uma derrota frente à Arménia.
Roberto Martinez veio para o jogo com uma equipa inicial praticamente igual ao dos jogos anteriores com exceção das saídas de João Neves e João Cancelo, ambos lesionados, para a entrada de Diogo Dalot e Rubén Neves nas suas posições.
A Irlanda veio com uma formação mais defensiva, com o objetivo de impedir o ímpeto atacante da seleção portuguesa, com destaque para alguns talentos como o ponta de lança Evan Ferguson e Jake O´Brien, central do Everton.
A primeira parte foi de total domínio português, mas foi de forma bastante inofensiva, e baseado em jogadas individuais. A circulação de bola foi lenta e ao ritmo do que parecia um jogo particular e sem importância, isto vendo o comportamento e a falta de velocidade nas ações com bola.
As principais oportunidades foram todas de Portugal, destacando-se o remate de Ronaldo à barra, seguido de um falhanço de baliza aberta de Bernardo Silva na ressaca da jogada (17´) e a grande defesa de Kelleher ao remate de Gonçalo Inácio num canto (41´).
A segunda parte foi uma antítese da primeira. Portugal criou bastante perigo, tendo variadas oportunidades de golo, quer a partir de cruzamentos, quer de jogadas combinadas.
As principais oportunidades foram criadas por Ronaldo que rematou ao lado algumas vezes (52,53 e 70 minutos) e por Rúben Neves que rematou com muita força para uma grande defesa de Kelleher. Mas a principal oportunidade veio dos pés, de novo, de Ronaldo, que falhou um penálti aos 75 minutos, com uma grande defesa do guarda-redes irlandês com o pé.
O tempo continuava a passar e o perigo continuava a aparecer, mas a felicidade apareceu aos 91 minutos. Trincão finta o defesa que o estava a pressionar e cruza para a área onde apareceu Rúben Neves para finalizar de cabeça, decidindo assim o jogo para Portugal, fazendo ainda uma bonita homenagem a Diogo Jota, de quem era tão próximo.
Com este resultado, a seleção nacional isola-se totalmente na liderança do seu grupo, com 9 pontos.
Homem do jogo

Rúben Neves
Num jogo que por momentos se destacou pela falta de criatividade, foi ele que cruzou para algumas das oportunidades de Ronaldo, para além do seu momento no final do jogo, onde deu a vitória a Portugal.
Texto: Bruno Gomes
Imagem: @fabriziorom