Estamos no Brasil, na década de 70, em plena ditadura militar. Acompanhamos a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), mãe de 5 filhos, que vê a sua vida transformada quando o seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), é preso e desaparece às mãos do regime.
Eunice vê-se forçada a se reinventar e a lutar. Lutar pela sua familia, lutar pela sua segurança e, acima de tudo, lutar por respostas.
Realizado por Walter Salles, Ainda estou aqui é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice Paiva.
Com uma fotografia e estética impressionantes, e com um competente elenco juvenil, Ainda estou aqui é um filme intimista que retrata com rigor os momentos de horror e incerteza vividos pela família Paiva.
Fernanda Torres, indicada ao Óscar de Melhor Atriz 2025, interpretou Eunice de forma profunda e magnífica. A indicação é mais que merecida.
Vale a pena também destacar o papel de Fernanda Montenegro, que interpretou Eunice na sua idade mais avançada. Sem dizer uma única palavra, a sua exibição foi emocionante e comovente.
Ainda estou aqui conta com mais duas indicações ao Óscar: Melhor Filme e Melhor Filme Internacional.
Tendo noção do cenário inquietante em que vivemos, Ainda estou aqui é um filme necessário. Devemos vê-lo como um lembrete do que significa viver em ditadura.
“Nós vamos sorrir. Sorriam”
Texto: Lara Sousa
Imagem: Tiago Santos
