Sob muita controvérsia e desentendimentos políticos, o que refletiu os principais objetivos do Governo e os “pontos de choque” entre os partidos, o Orçamento de Estado de 2025 foi aprovado.
Das medidas mais contestadas e a que gerou mais críticas por parte da oposição foi o fim de corte de 5% no salário de quem exerce cargos políticos, os quais a consideram inoportuna devido ao país estar a passar por dificuldades económicas.
Na saúde boa parte do investimento é direcionado para a renovação de infraestruturas e para a contratação de médicos e enfermeiros. Na educação o foco está na digitalização e no aumento de vagas para docentes.
O Governo para o plano económico vai aumentar o salário mínimo para 835 euros, face a combater as desigualdades salariais e a aumentar o poder de compra. Medidas fiscais têm sido alvo de críticas, pois incluem incentivos ao investimento privado e redução da carga fiscal para pequenas e médias empresas, já por outro a mesma sobre as famílias de rendimentos médio manteve-se intocada.
Com o país em recuperação económica ainda incerta, este OE vai com certeza definir o rumo do debate político em 2025. Pois, desde a sua apresentação o executivo é acusado de não priorizar as classes médias e pôr a integridade de alguma medidas de despesa pública.
A ambição deste orçamento é clara, procura fomentar o crescimento económico com a carência de apoio por parte dos mais vulneráveis. Basta esperar que estas medidas provem a sua eficácia ou não, e se conseguirão agradar de forma geral os diferentes setores sociais.
Afonso Calvário