As tardes europeias voltaram para os lados minhotos, com a visita do Vitória SC ao terreno do Astana, em Almaty, no Cazaquistão, numa viagem de 6.680 quilómetros, a mais longa deslocação de sempre de um clube português numa prova da UEFA e com um fuso horário de mais 5 horas. Foi uma partida bastante complicada a contar para a quarta ronda da Liga Conferência.
Com estilos diferentes de jogos, e em momentos diferentes da temporada, recorde-se que terminou o Campeonato para o Astana, as duas equipas encontraram-se num jogo bastante tático e com pouca eficácia da equipa portuguesa que rematou por 12 vezes à baliza adversária durante a primeira parte.
Apesar da superioridade da equipa portuguesa, foram mesmo os da casa a colocarem-se à frente do marcador, aos 40 minutos, num erro da defesa vitoriana levando assim para o intervalo a desvantagem numérica.
Numa segunda parte com mais oportunidades de golo para a equipa vimaranense, parecia que nenhuma bola queria entrar. Apesar das várias substituições operadas pelos dois treinadores, o Astana teve direito a um golo anulado, numa jogada onde acabou por existir falta sobre o defesa do Vitória. Se o resultado tangencial já era muito injusto, então este golo seria um autêntico golpe de teatro.
Quando já se esperava a derrota, aos 89 minutos numa jogada bem trabalhada por Telmo Arcanjo pela direita, assistiu com um belo cruzamento para a cabeça de Chuchu Rodriguez empatar a partida colocando ainda mais esperança sobre uma possível reviravolta.
No entanto o jogo acabou por ficar empatado, e com a sensação de perda de 2 pontos por parte da equipa portuguesa. O Vitória passa a somar dez pontos em 4 jogos, assumindo provisoriamente o primeiro lugar da classificação e em nada hipotecando a possibilidade de passagem direta à fase seguinte da prova. Contudo, deu por terminada a série de vitórias consecutivas na Europa, seria a décima, ao sofrer o primeiro empate nesta competição, mas ficando com o recorde em sua posse.
Texto: Bárbara Sá
Imagem: Vitória SC
