Nesta sexta-feira, as equipas olímpicas da Espanha e da França, enfrentaram-se na final de futebol, em busca das 2º medalhas de ouros nesta modalidade.
Thierry Henry manteve o mesmo 11 inicial de grande parte do torneio, sendo destacável o regresso de Manu Koné e Enzo Millot no meio campo, eles que estiveram ambos suspensos nas meias-finais, tal como a figura, Michael Olise, craque da equipa.
Já a equipa espanhola manteve o mesmo 11 de todo o torneio, com destaque para Fermín Lopez, maior goleador da Espanha no torneio, e para Álex Baena, maior assistente da última época na Laliga.
No que viria a ser um jogo frenético, a seleção francesa começou com um grande domínio, pressionando bastante alto, com muita posse de bola e colecionando ataques até que, ao minuto 11, Enzo Millot abre o marcador, depois de um frango de Arnau Tenas, guarda-redes espanhol, que defendeu a bola contra a própria baliza.
Mas esta pressão da França não duraria muito, porque a Espanha depois do golo tomou conta do jogo, marcando 3 vezes em sequência.
Os primeiros dois golos foram realizados por Fermín Lopez. O primeiro, depois de uma grande transição ofensiva, e o segundo, a aproveitar um ressalto após o guarda-redes francês, Guillaume Restes, não ter conseguido agarrar a bola depois de um bom remate de Abel Ruiz. Já o terceiro golo veio num grande pontapé livre direto de Álex Baena.
A 1º parte terminou com a França a conseguir voltar a dominar um pouco o jogo, tendo tido duas grandes oportunidades, ambas vindas de canto, mas com grandes defesas de Arnau Tenas.
O jogo voltou do intervalo e a França voltou a dominar o jogo, colecionando ataques e pontapés de canto. Por outro lado, a Espanha apenas conseguia sair em contra-ataques, muitas vezes desperdiçados em erros técnicos. No entanto, a segunda parte seria muito menos movimentada do que a primeira.
A seleção da casa viria a impor-se totalmente no rumo do resto do jogo, com várias oportunidades, grande parte acabando em boas defesas de Arnau Tenas, e especificamente com uma bola à barra por parte de Manu Koné, aos 57 minutos.
Até que a França marcou. Aos 79 minutos, num livre muito bem batido por parte de Olise, Akliouche desviou e enganou o guarda-redes espanhol, conseguindo diminuir a diferença para 1 golo.
Mas o momento da 2º parte estava para vir. Aos 93 minutos, Mateta, ponta-de-lança francês, empata o resultado, com um penálti cometido por Turrientes. A França tornou-se dona do jogo e conseguiu levá-lo para prolongamento.
Já no prolongamento, Sérgio Camello voltou a pôr a Espanha na frente, conseguindo fazer o 4-3, com um bonito chapéu ao guardião hispânico. Estas palavras viriam a repetir-se. No último minuto da partida, foi de novo Camello que colocou a bola na rede, outra vez com um remate a passar por cima de Arnau Tenas, terminando assim o jogo.
Com este resultado, a Espanha conquistou o ouro olímpico, e, do outro lado, a França ficou com a prata.
Homem do jogo – Sérgio Camello
Embora o avançado só tenha entrado a partir do banco aos 83 minutos, foi o mesmo que garantiu a vitória à Espanha, mesmo numa altura em que a França quase não os deixava ter oportunidades, marcando dois golos, ambos decisivos para o ouro espanhol.
Texto: Bruno Gomes
Imagens: Jogos Olímpicos