Não sei o que é ser mãe, mas sei o que é ser filha de alguém que o sabe ser.
Continuo a ter a sorte de vivenciar o Dia da Mãe todos os dias. Chamar-lhe sorte é um pouco duvidoso, chamar-lhe sorte é não ter perceção da preocupação diária, para comigo, da pessoa homenageada. Dou por mim a ter como garantida alguém que escolheu, e escolhe, ver-me crescer e, a meu lado, crescer também. É de louvar a sua capacidade de ser amparo, de ser porto de refúgio de três.
Todos nós temos alguém cuja palavra é de extrema importância, é decisiva. No meu caso, a imperativa é a dela seja para quando tudo corre bem, seja para quando tudo corre mal. Não é à toa que dizem que as mães têm sempre razão e uma solução na manga.
“Tens de largar as saias da mãe!”, disseram-me e, se calhar, a ti também. Saí muito contente, desejosa de explorar as oportunidades que este mundo teve e tem para me oferecer porque, no início, é tudo muito bonito. No entanto, regularmente sou invadida pela ânsia de voltar porque só ela sabe amenizar as minhas esporádicas dores de crescimento.
Por momentos, esqueci-me que escrevo para te fazer pensar acerca de alguma temática interessante. Podes sempre refletir no quão difícil é imaginar o mundo sem a companhia da voz da pessoa que te faz querer viver, que te é exemplo, que nunca te falhou. Não tem de ser uma figura maternal.
Não sei se me é permitido, mas, como a minha lê todos os meus artigos, aproveito para desejar-lhe um feliz Dia da Mãe.
Inês Carneiro