Do jornalismo, espera-se uma infinidade de coisas. Histórias em tempo real, elaboração de notícias, reportar factos… mostrar o Mundo, o nosso e o dos outros.
Atualmente, o jornalismo enfrenta mais do que aquilo que podíamos esperar. As redes sociais, a informação ou a desinformação, tornaram este conceito numa variedade de impressões. A impressão real, que é a correta; a impressão dita real, que é a que achamos correta; e a impressão fictícia, que é deturpada de toda a realidade que somos capazes de conhecer.
Há uns dias, perguntaram-me: “Acreditas na profissão que queres ter no futuro?”. Fiquei, cerca de um minuto e meio, a pensar na pergunta e, consequentemente, na resposta que queria e não sabia dar. A verdade é que sempre esperei do jornalismo uma compreensão do presente e que, os que praticam este conceito, refletissem sobre o que escrevem e sobre o que produzem. Mas será que é assim? Perdoem-me não falar na generalidade, pois ainda há quem utilize o seu trabalho para incorporar a verdade e a credibilidade.
O jornalismo tem de ser capaz de fazer a diferença na vida das pessoas e estas têm de ter essa consciência. A partir do momento em que as pessoas e as sociedades deixarem de falar Verdade, a credibilidade será letra morta. A Verdade liberta, a mentira carrega divisão e destruição. Colocamos verdade no que sentimos, no que queremos e no que precisamos. O jornalismo também precisa dessa compreensão para se tornar viável, fiável, exímio e duradouro. As pessoas precisam de se sentir seguras, absorvendo informação que as coloque no Mundo e lhes transmita Verdade.
A Verdade anda arredia dos centros de decisão, da boca dos políticos e dos governantes e, também, tantas vezes dos que, manipulando-nos, principalmente nas redes sociais, pretendem fazer de nós, as marionetes que possa dar a todos esses a força e o poder para mandarem em tudo, mesmo em cada um de nós, os escravos do séc. XXI.
Inês Silva