A seleção nacional perdeu, esta sexta-feira, por 4 bolas a 0 contra a Noruega. A equipa das quinas fica dependente de um desaire norueguês frente à Áustria para sonhar com a permanência na primeira divisão da Liga das Nações.
As navegadoras defrontaram o seu adversário direto na luta pelo terceiro lugar. Depois de duas derrotas consecutivas com a Áustria, as comandadas de Francisco Neto encontravam-se no terceiro posto do grupo com 3 pontos, apenas à frente da própria Noruega, seleção que haviam vencido.
Previa-se um jogo difícil, mas a seleção nacional tratou de o complicar ainda mais. Aos três minutos viu-se logo a perder após perda de bola de Norton – titular em detrimento da lesionada Kika – que levou a um ataque rápido por parte da seleção da casa. Hegerberg, no seu regresso à competição, respondeu de cabeça a um cruzamento mortífero.
Portugal continuava a tentar sair curto, mas a pressão adversária era eficaz. A guarda-redes Inês Pereira não oferecia segurança na saída e Portugal continuava com dificuldade em passar a primeira linha de pressão. Cinco minutos depois do primeiro tento surgiu o segundo. Penalti infantil assinalado por mão na bola de Carole Costa. Hegerberg dobrou a vantagem aos oito minutos.
A iniciativa do jogo ficou completamente entregue às Navegadoras que continuavam com dificuldade em fazer chegar o jogo às suas avançadas. Depois de alguns minutos de controlo nacional, nova contrariedade. Aos 37 minutos, Jéssica Silva teve de dar lugar a Ana Dias depois de ter rasgado o músculo. Portugal, sem jogo exterior e com posses pouco ameaçadoras parecia clamar pelo intervalo, mas a pausa pouco efeito teve.
Na segunda parte a seleção pareceu vir revigorada, mas pouco depois a Noruega reencontrou o antídoto e cinco minutos depois do regresso dos balneários a seleção nacional sofreu o terceiro. Novo ataque rápido pela esquerda e mais um golo de Hegerberg, vencedora da Bola de Ouro em 2018.
Até final Portugal ainda ensaiou um 3-5-2 tendo em vista uma maior exploração exterior, mas quem ficou mais perto do golo foi a seleção norueguesa. Inês adiou o quarto em pelo menos duas ocasiões.
Já quase ao cair do pano, Haug fechou as contas com um cabeceamento exímio que não deu hipóteses à guarda-redes portuguesa.
O maior destaque tem de ser dado a Hegerberg.
Depois de longa paragem voltou, foi titular e aplicou um hat-trick. Do lado nacional, Inês Pereira – apesar dos golos sofridos – foi das melhores. Destaque ainda para Lúcia Alves, a lateral esteve presente no melhor desenho ofensivo luso, além de ter somado várias ações defensivas.
A seleção nacional volta a entrar em campo na próxima terça-feira, estando obrigada a vencer a França para sonhar com a permanência.
Texto: Tiago Santos
Imagem: EPA